quinta-feira, 15 de maio de 2014

Drones - Teslautomatons - High Tech

                 

  Drones - Teslautomatons - High Tech

Dentro do enfoque tecnológico contemporâneo, temos contato com artefatos que parecem ejaculados de um delírio, isto devido ao conteúdo high-tech que apresentam que beiram ao surreal, no entanto, ao debruçarmos sobre a saga da humanidade, constataremos na realidade, um processo evolutivo que está relacionado à busca de novos conhecimentos e sua consolidação por um processo educacional distribuído que permite a participação de maior quantidade de pessoas ao redor do mundo. 
Obviamente, nas nações onde o processo de distribuição é mais homogêneo e melhor planejado as conquistas conseqüentemente são maiores.
Como o impacto da tecnologia atual é imenso e intenso, chegando a ser desconcertante em muitos casos, elegi fazer uma postagem sobre sistemas automáticos que permeiam nosso dia-a-dia, para desta maneira, ter um conhecimento maior sobre o assunto e suas particularidades, assim, inicio com uma introdução história, para isto apelo para uma parte do texto que colhi em [Minicurso: Introdução a Robótica Educacional;  samuel, akynara, renata}@roboeduc.com ].

História da Robótica

Historicamente parece haver razões para crer que teriam sido os gregos que construíram o que podemos chamar de primeiros robôs. Ctesibius, um matemático e engenheiro grego que viveu cerca de 285-222 a.C. em Alexandria, arquitetou uma série de aparelhos robóticos, o mais famoso destes, foi a clepsidra ou relógio de água, o qual constitui-se um dos primeiros sistemas criados pelo homem para medir o tempo.
Há também relatos sobre Heron de Alexandria, geômetra e engenheiro grego contemporâneo a Cristo e aos apóstolos. 
Este construiu diversas invenções na área da automação, dentre seus sistemas robóticos esta a primeira máquina de vender bebidas da história, na qual a pessoa colocava uma moeda nela e recebia um jato de água. Também construiu um autômato que possuía autonomia para andar para frente e para traz movido por engrenagens em um sistema que utilizava a energia cinética de grãos de trigo que caíam de um recipiente no topo do autômato. Criou também o primeiro motor a vapor documentado na história.
No entanto, o célebre artífice, Leonardo Da Vinci ganha importância no invento de engenhocas robóticas. Da Vinci, cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico é reverenciado até os dias atuais por sua engenhosidade tecnológica. 
Concebeu idéias muito à frente de seu tempo, como um helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, dentre outros. Porém um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser construído, entre seus projetos desenvolveu os planos de um cavaleiro que se deveria mover autonomamente, mas como se tivesse no seu interior uma pessoa. 
Este artefato que alguns designam por "Robô de Leonardo" era usado para entretenimento da realeza.
No mundo da robótica, Jacques de Vaucanson, inventor e artista francês, também se destaca. 
Em 1738 ele criou o primeiro robô funcional, um andróide que tocava flauta, assim como um pato mecânico que se alimentava. 
Após expor para sociedade as primeiras criações robóticas, a tecnologia avançou a ponto das pessoas preverem o uso das criaturas mecânicas como força de trabalho, as respostas literárias ao conceito dos autômatos (robôs) refletiram o medo dos seres humanos, de serem substituídos por suas próprias criações.

Com o passar dos anos e com o avanço da tecnologia a Westinghouse em 1933, criou o primeiro robô
                                                     
dos tempos modernos. Um robô humanóide conhecido como Elektro. video
Porém, foi somente com o avanço da eletrônica analógica que o primeiro robô autônomo pode ser desenvolvido por Grey Walter em 1948.

Enquanto na ficção eclodiam obras com base na robótica ficcional, na realidade começam a ser criados os primeiros robôs fabricados para industrialização. Isso ocorre na década de 1950. 
Joseph F. Engelberger, engenheiro e empresário considerado o "pai da robótica", foi o primeiro a construir tal robô, chamado Unimate. Este robô foi vendido para General Motors, passando a trabalhar na linha de montagem em Nova Jersey, em 1961. Alguns textos creditam a criação do Unimate também ao inventor George DeVol, expondo que este e Joseph F. Engelberger trabalharam em conjunto na estruturação do primeiro robô fabril.
E para contrapor com o trecho acima sobre o "pai da robótica", apresento uma tradução feita por mim de um texto que fala sobre Nikolas Tesla, na qual considero (tirando é claro, o fato de minha admiração pelo mesmo) que há fatos que ajudarão na construção do raciocínio sobre os caminhos da conquista tecnológica da automação e sobre o tipo de equipamento mencionado no titulo da postagem.

Teslautomatons

".... I have by every thought and act of mine, demonstrated, and does so daily, to my absolute satisfaction that I am an automaton endowed with power of movement, which merely responds to external stimuli beating upon my sense organs, and thinks and moves accordingly...."
"Eu tenho por todos os meus pensamentos e atos, demonstrado e feito tão diariamente, para a minha absoluta satisfação que eu sou uma automação hábil com capacidade de movimento, e que simplesmente responde aos estímulos externos que batem sobre meus órgãos sensoriais, e pensa e se move de acordo".  
- Nikola Tesla: On the Art of Teleautomatics, The lecture in the Chicago Businessman Club, 
Archives of the Nikola Tesla Museum, Belgrade, F. 954, l. .21.

Hoje em dia mísseis terra - terra, veículos aéreos não tripulados, veículos acompanhados por controle remoto e veículos submarinos também sem tripulação tornaram-se uma constante em nossa sociedade.
Estes guerreiros robóticos são diariamente usados ao redor do mundo. 
O homem responsável por ter dado nascimento para o robot automatizado não foi outro que não Nikolas Tesla, um sérvio de nascimento e imigrante americano que foi responsável pela energia de corrente alternada (AC) e muitos outros dos primeiros pensamentos pioneiros em rádio, radar e campos de energia, inventando e testando armas não tripuladas a mais de 100 anos atrás, desenvolvendo sistemas e lógicas que são fundamentais na high-tech atual.
Em 1891, seis anos antes do vôo dos irmãos Wright Tesla desenhou e construiu um par de barcos rádio controlado. 
As embarcações eram construídas em ferro, acionadas por uma bateria elétrica de sua própria autoria e equipadas com um receptor radio mecânico que aceitava comandos vindos de um transmissor sem fio.
                                        
Os barcos eram equipados com uma grande antena para contrôle, um espaço modular que podia carregar uma carga, lemes submersos, umas lâmpadas com acionamento elétrico próprio e que podiam ser remotamente controladas. Tesla demonstrou que os barcos para uma chocada multidão em uma piscina interna no Madison Square Garden em Nova York.
A multidão ficou surpresa como Tesla, sempre um show-man, manobrando seus barcos de seis pés de comprimento de forma regular pela água, e então, parando e avançando as embarcações. Ele tomou a precaução de equipar seus barcos com um prático portão rústico que prevenia eles se chocarem entre si por causa um outro transmissor que não fosse o seu próprio. 
A embarcação alarmou aqueles na multidão que a viu e houve aqueles que afirmaram aquilo ser tudo vindo de mágica e telepatia para poder ser pilotado por um macaco treinado escondido em seu interior.
Tesla, que se referia a embarcação como telautomatons visualizando um pequeno grupo de operadores treinados que poderiam controlar remotamente os barcos, os quais poderiam ser armados com pontas explosivas e atacar as embarcações navais. Isto não deve dar a impressão, entretanto, como se as instituições militares não apreciaram o potencial das armas de Tesla para o uso antibarcos ou idéias avançadas do controle remoto de veículos. 
Mas, ele ofereceu a arma para a Marinha dos Estados Unidos e posteriormente para a Grã-Bretanha sem sucesso. 
O desenvolvimento de seus projetos levou-o a desenvolver métodos para ativar seletivamente qualquer dos vários receptores sem fio (ele chamava  isto de " a arte da individualização" que envolvia múltiplas transmissões em frequencias separadas. Na recepção final, cada uma dos componentes individuais da freqüência tinha que ser sintonizado, para a respectiva resposta do receptor
                                  

havia uma porta lógica And.
Atualmente um componente essencial em qualquer cartão de circuito.  
Apenas por causa dele, muitas de suas invenções e desenvolvimentos com estes conceitos permaneceram esquecidos até depois da Segunda Guerra Mundial.
Atualmente, esta tecnologia é largamente disponível e nós freqüentemente não pensamos muito nisso, porque elas tem sido parte de nosso mundo por já uma porção de tempo agora, e as armas são reais e as funções lógicas AND comumente usadas em todos os aparatos eletrônicos. 
Surpreendentemente, não sabemos muito sobre o homem que primeiro desenvolveu a robótica e o computador lógico, mas ao menos temos o seu legado.

[Vukobratoviæ, Miomir, "Nikola Tesla and Robotics", SERBIAN JOURNAL OF ELECTRICAL ENGINEERING, Vol. 3, No. 2, November 2006, 163-175 Huntley, D, "The true father of Electricity: Nikola Tesla", http://honeymanrp.blogspot.com/2008/02/true-father-of-electricity-nikola-tesla.html  Tesla Life and Legacy - Race of http://www.pbs.org/tesla/ll/ll_robots.html]

Bem, após essa conceituação histórica e fazendo uso de materiais coletados em relatórios acadêmicos e de analise sobre a tecnologia de automação vou iniciar o assunto abaixo. 

Drones

Abelha macho que não executa trabalho. / alguém que executa um trabalho muito enfadonho sem muitas recompensas
. (dicionário Longman

Unmanned Aerial Vehicles  - UAV 
 
Veículos aéreos não tripulados possuem uma longa e rica historia na qual freqüentemente é dado o crédito do primeiro vôo de um veiculo não pilotado mais pesado que o ar conseguido em 1896 pelo Mr Samuel Langley's Aerodrome system. 
Os chamados drones, de início tinham aplicações militares como alvos aéreos para o treinamento de artilharia antiaérea e, hoje são também usados para fins científicos na captação de imagens. 
 Há um grande mercado que está emergindo a partir de aplicações e serviços potenciais que
podem ser oferecidos pelas aeronaves não tripuladas. Mais precisamente, veículos aéreos não tripulados (VANTs) podem ser aplicados em missões chamadas de D-cubo (Dangerous-Dirty-Dull), isto é, missões identificadas como perigosas, sujas e/ou enfadonhas. 
Quando se considera o VANT em aplicações civis, há um grande escopo de cenários possíveis para sua utilização. Por exemplo, pesquisa ambiental remota, monitoração e certificação de poluição, gerenciamento de queimadas, segurança, monitoração de fronteira, oceanografia, agricultura e 

                 

                                                 submarino
aplicações de pesca. Em geral, todas estas aplicações podem ser divididas em quatro grandes grupos: aplicações ambientais, aplicações de segurança, aplicações de comunicação e aplicações demonitoramento em geral.
Para aplicações de VANTs são muito utilizados os aviões e helicópteros. 
Uma comparação entre estes dois tipos de aeronaves pode ser realizada quanto às características de vôo. 
Tem-se que a capacidade de manobra do helicóptero é muito maior do que a do avião, aquele pode realizar três coisas que este não pode: voar para trás, girar no ar e pairar no ar sem se mover, podendo ainda decolar e pousar com vôo vertical. 
Como desvantagens os helicópteros são mais complexos e operam em velocidade reduzida, com pouca autonomia e com pouca capacidade de carga. 
Um conceito emergente de asas rotativas para os VANTs são os helicópteros de vários rotores, também chamados de multicópteros. 

                          
                                           multicóptero

Estes veículos têm motores idênticos operando em pares que giram em direções opostas, e possuem muitas vantagens sobre os helicópteros comuns. 
Em primeiro lugar, multicópteros não necessitam de complexas relações de controle mecânico para acionamento do rotor, contando apenas com rotores de passo fixo e utilizando variação na velocidade do motor para o controle do veículo, simplificando o design e a manutenção do veículo. Em segundo lugar, a utilização de vários rotores assegura que os rotores individuais são menores em diâmetro do que o rotor principal equivalente em um helicóptero tradicional, em relação ao tamanho da estrutura.
Os VANTs possuem algumas vantagens, dentre elas, o custo operacional em relação a aviões tripulados ou satélites, e a possibilidade de realizarem operações mais arriscadas por não envolver tripulação. Mas os VANTs têm alguns fatores desafiadores, pois devem apresentar capacidade para executar missões de vôo com pontos pré-determinados, além de transmitir ou guardar as informações coletadas e retornar à base em segurança. Portanto, é necessária uma unidade de controle responsável pelos procedimentos de navegabilidade e estabilidade da aeronave. Esta complexidade para se controlar uma aeronave exige conhecimentos multidisciplinares, envolvendo conceitos de aerodinâmica, eletrônica, teoria de controle, sistemas de comunicação, sistemas de localização, entre outros.
E somado a isto, também os VANTS necessitam de vários sensores embarcados que possibilitem sua interação com os comandos emitidos pelas unidades de controle para operarem com sucesso.

                   
                                          

Logo, é necessário implementar um controle com um alto grau de autonomia e robustez que realize os procedimentos necessários para manter a aeronave na trajetória e altitude desejada, fatores estes que tornam o controle um dos principais pontos limitante da difusão dos VANTs.
 
Os VANTs no Brasil 


No Brasil, hoje, são conduzidos diversos projetos de desenvolvimento de VANTs tanto pela iniciativa privada, como pelas universidades federais: USP, USC, ITA, UFMG, UFRN e UnB. Além disso, o governo federal através do Ministério da Defesa estabeleceu suas diretrizes para o setor através da Portaria Nº 606/MD de 11/06/2004, publicada no DOU Nº 112 em 14/06/2004. Atualmente, os Ministérios da Defesa e da Ciência e Tecnologia comandam uma Comissão de Coordenação Nacional do Programa VANT.
O primeiro VANT, de que se tem registro no Brasil, foi o BQM1BR, fabricado pela extinta CBT (Companhia Brasileira de Tratores), de propulsão a jato. A CBT encomendou ao CTA (Centro Tecnológico da Aeronáutica), o desenvolvimento de uma pequena turbina que possuísse cerca de 30 kg
 de empuxo para ser instalada no VANT de 3,89 metros de comprimento 3,38 metros de envergadura, estrutura metálica com 92,5 kg. Atingiria 530 km/h com autonomia estimada em 45 minutos (Paula ,2009)
Foi construído apenas um protótipo, que hoje está exposto no museu da TAM, em São Carlos, conforme mostra Fig. 4(a).
                                                                       BQM1BR

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), junto com a empresa AGX Tecnologia e o Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), são responsáveis pelo projeto ARARA (Aeronave de Reconhecimento Autônoma e Remotamente Assistida), que foi concebida com o intuito de sobrevoar plantações e captar imagens, que podem ser usadas por produtores rurais (Bernini et al, 2011).
O mais recente VANT em operação no Brasil, pertence à Marinha do Brasil e foi utilizado na Operação Amazônia em 2011. O Carcará (Fig. 4(c)), desenvolvido pela empresa carioca Santos Lab, tem 1,8 metro de envergadura, é equipado com uma câmera de 360° e pode voar durante uma hora e meia, num raio de, aproximadamente, 8 quilômetros, com velocidade máxima de 75 quilômetros por hora

                                            
                                                                CARCARÁ    


[trecho baseado no artigo tecnologia Aviação de setembro De 2013  -  Rodrigo de oliveira Andrade]

No Brasil, os VANTs estão se tornando uma realidade cada vez maior, com aplicações voltadas principalmente à área da agricultura, vigilância e monitoração de recursos. Empresas como a Embrapa precisam de imagens aéreas que auxiliem na identificação de irregularidades no plantio, controle de doenças e pragas, pulverização adequada e formem uma base de dados que maximize o resultado de uma colheita.
A Chesf, empresa de distribuição de energia do Nordeste, necessita gerenciar sua planta externa para atender às exigências de empresas reguladoras, monitorando recursos como cabos e postes. Para o controle destes recursos, por serem distribuídos em grandes extensões territoriais no país e, em muitas vezes, em áreas de difícil acesso por via terrestre, o VANT se torna uma importante ferramenta contra roubos e a deterioração de equipamentos.
Petrobrás é outra grande empresa que busca investir nos VANTs, pois os dutos que conduzem seu precioso recurso precisam de constante monitoração
contra vazamentos e desvios inesperados.
E para isto está em curso o projeto de uma aeronave o Falcão, como foi batizado, será o maior vant 
          
          

 militar nacional. Se o projeto avançar, a aeronave terá 11 metros de envergadura, de uma ponta a outra da asa, e autonomia mínima de 16 horas. 
O Falcão começou a ser desenvolvido pela Avibrás no final da década passada. A empresa brasileira com sede em São José dos Campos, interior paulista, em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Aeronáutica, contou com os sistemas de navegação e controle de outra empresa da mesma cidade, formada no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Flight Technologies. O Falcão utiliza outro vant brasileiro como plataforma de testes para o sistema de navegação e controle: 

                          
                                                Acauã
o Acauã, um drone de 150 kg e 5 metros de envergadura concluído em 2010. Ele foi desenvolvido pelo DCTA, centros de pesquisa do Exército (CTEx) e da Marinha (IPqM) (ver Pesquisa FAPESP n° 185) e pela Avibras.  (Veja video)
Foram realizados dezenas de vôos experimentais na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, interior de São Paulo.
Hoje o Acauã é utilizado pelo DCTA, Exército e Marinha, e pelas empresas Flight Technologies e Bossan Computação Científica (BCC), do Rio de Janeiro, num novo projeto, agora voltado à concepção de uma tecnologia de pouso e decolagem automáticos, que já apresentou bons resultados nos primeiros experimentos em pista realizados em agosto.
Desde fevereiro deste ano (2013), o Falcão integra a linha de produtos da Harpia Sistemas, empresa criada a partir da associação entre a Embraer Defesa & Segurança, braço militar da Embraer, e a AEL Sistemas, com sede em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, subsidiária da Elbit Systems, uma das maiores fabricantes de produtos de defesa de Israel - a mesma a fornecer os primeiros
      
drones para uso da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2010.
O primeiro protótipo do Falcão está sendo usado como ponto de partida para a adequação aos requisitos apresentados pelo Ministério da Defesa, que incluem um conjunto de sensores, sistema de comunicação de dados e uma estação de controle em solo.
A aeronave terá cerca de 800 quilos (kg), podendo transportar mais combustível e equipamentos do que outros drones da mesma categoria a uma altura de 5 mil metros. Dentro do veículo aéreo, no lugar do piloto, poderão ser instalados sensores, câmeras e radares, entre outros itens.
Boa parte da estrutura do Falcão foi desenvolvida com tecnologia nacional, como os sistemas de eletrônica de bordo, controle e navegação. "Ele terá dimensões equivalentes ao Super Tucano, aeronave turboélice da Embraer para ataque tático", comenta Flavio Araripe d'Oliveira, coordenador do projeto vant no DCTA.

 "Vants de médio e grande porte como o Falcão, são controlados do solo por técnicos em contêineres equipados com computadores e sistemas de comunicação", diz o mesmo.
Também no DCTA pesquisadores do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em parceria com professores do ITA e engenheiros da empresa TGM Turbinas, com sede em Sertãozinho, interior paulista, trabalham em outro projeto que poderá impulsionar o setor brasileiro de drones.
Trata-se de um motor turbojato movido a querosene de aviação que pode ser usado em vants com peso máximo de 1,2 tonelada. A Turbina Aeronáutica de Pequena Potência (TAPP) é a primeira a ser produzida no Brasil com características de durabilidade e potência de 5 mil newtons (N), força capaz de impulsionar uma aeronave de até 1,5 tonelada. "Planejamos um grupo de turbinas que possam ter aplicações em vants, mísseis e uma linha para geração de energia", diz Alexandre Roma, da TGM, um dos engenheiros responsáveis pelo projeto. Ele conta que o equipamento não será usado no Falcão, mas instalado inicialmente em alvos aéreos para treinamento de pilotos em aviões de combate.

                  
                       Turbina Aeronáutica de Pequena Potência (TAPP)

Produção em Série
Em julho, a turbina foi testada pela primeira vez no banco de provas do IAE. Segundo o engenheiro mecânico José Francisco Monteiro, coordenador do projeto, todos os componentes da TAPP foram fabricados no Brasil, exceto o rolamento para a sustentação de seu eixo. Um dos objetivos é qualificar a mão de obra brasileira para sua produção em série. "Como essa turbina pode ser instalada em mísseis de longo alcance, sua comercialização tem sido dificultada, devido aos tratados de não proliferação de armas nucleares. A alternativa é fabricar a turbina no Brasil", avalia Monteiro.
Novos testes estão programados até o fim deste ano com o objetivo de fazê-la atingir a rotação máxima de 28 mil rotações por minuto. O projeto conta com financiamento de R$ 30 milhões da Finep. A agência já firmou 23 contratos e convênios, num total de R$ 69 milhões, voltados ao trabalho de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de vants no Brasil, conta William Respondovesk, chefe do Departamento das Indústrias Aeroespacial, Defesa e Segurança da Finep.

A maioria dos drones utilizados pelos EUA exige não somente um piloto em terra, mas também um pelotão de analistas de vigilância, aproximadamente 19 por drone - operadores de sensores e um grupo de manutenção. O número de pessoas envolvidas depende do tamanho do avião; no caso de um "drone predador", por exemplo, para mantê-lo no ar é necessário um grupo de 168 pessoas. Esse método apresenta não somente uma facilidade considerável de se infiltrar em áreas de interesse
de forma rápida e quase imperceptível, mas também uma redução de custo em comparação ao uso de aviões tripulados
         
                                     Global Hawk Overview  System
                    
                 
- US$ 15 milhões para um Global Hawk contra cerca de US$ 55 milhões para um novo F-16 - de acordo com o Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano (ZENKO, 2012), apesar do custo dos sensores e do grande número de falhas.

Para ecerrar traduzo o início do  RAPPORT D’INFORMATION N° 215 SÉNAT - SESSION ORDINAIRE DE 2005-2006
Annexe au procès-verbal de la séance du 22 février 2006

Mesdames, Messieurs,
La recherche de renseignements sur l’adversaire a toujours précédé et accompagné les actions de force. Cet impératif a pris de nouveaux développements avec la mise en oeuvre des capacités aériennes, dont la place n’a cessé de croître en importance dans la maîtrise des conflits.
Durant les derniers conflits du XXe siècle comme l’intervention américaine au Vietnam, la guerre du Golfe de 1991, ou les combats au Kosovo en 1999, la supériorité aérienne a constitué un élément déterminant de l’action armée. 
Le XXIe siècle naissant confirme cette évolution : l’attaque de l’Afghanistan, à l’automne 2001, alors aux mains des talibans, a débuté par d’intenses bombardements aériens, qui ont désorganisé l’adversaire. De même, le rôle de l’aviation a été crucial dans le récent conflit irakien.
Mais le rôle des aéronefs n’est pas seulement offensif : de longue date, ils sont utilisés pour le recueil de l’information. Cet usage a été mis en valeur au cours de la guerre froide, et l’opinion publique s’était passionnée pour le sort du pilote
américain de l’avion espion U2, capturé par les Soviétiques après l’attaque de son engin, le 1° mai 1960.
Pour s’affranchir des contraintes inhérentes à l’avion piloté, qui tiennent, pour l’essentiel, aux dangers pesant sur la vie de l’équipage et aux limites physiques de ce dernier, tout en bénéficiant des atouts spécifiques au renseignement aérien, les
nations les plus avancées ont d’abord eu recours aux satellites d’observation 
Ainsi, pour s’en tenir au cas de la France, un satellite militaire d’observation Hélios II A a été mis sur orbite, le 18 décembre 2004, grâce à une fusée Ariane 5 tirée du Centre Spatial Guyanais de Kourou. Cet engin offre aux armées une
importante capacité de renseignement, par le suivi de zones géographiques précises, pour la préparation de missions, pour l’évaluation des zones visées par les frappes et également pour l’observation des zones de conflits, Le satellite constitue un utile vecteur de renseignement, par ses passages répétés au-dessus de zones précises, en toute sécurité. Cependant, le caractère périodique des informations ainsi fournies nécessite des compléments, obtenus par les avions pilotés et, depuis les années 1980, par des engins non pilotés dénommés « drones »1.


Minhas senhoras e meus senhores,
A pesquisa de informações sobre os adversários hoje em dia precede e acompanha as ações de força. Sendo imperativa em função dos novos desenvolvimentos apresentados em funçao das capacidades aereas, as quais não cessam de crescer de importância na matriz dos conflitos.
Durante os ultimos conflitos do século 20 como a intervenção americana no Vietnã, a guerra do Golfo em 1981 ou os combates no Kosovo em 1999, a superioridade aérea constituiu um elemento determinante na ação armada.
O século 21 em seu inicio, confirma esta evolução: Os ataques ao Afeganistão no outono de 2001, então nas mãos dos talibans iniciados por intensos bombardeios aéreos que causavam desorganização nos adversários. Da mesma forma, o papel da aviação foi crucial no recente conflito Iraquiano.
Porém, o principal papel das aeronaves não é somente ofensivo : de longa data, eles são utilizados para a aquisição de informações. E, este uso foi posto em dúvida ao curso da guerra fria, e a opinião pública se tornou mais emocional em relação á sorte do piloto americano do avião espião U2, que foi capturado pelos soviéticos após o ataque ao equipamento  em 1° de maio de 1960.
Para se livrar das contrariedades inerentes a um avião pilotado que tem por essencial os perigos presentes sobre a vida da tripulação e aos limites fisicos da mesma, e tudo em beneficio das oportunidades especificas para obter a informação aérea, as nações mais avançadas recorreram primeiro aos recursos dos satelites de observação.
Também, por se ter, no caso da França, um satélite de observação militar Helios II A que foi colocado em sua orbita em 18 de dezembro de 2004, graças a um foguete Ariene 5 lançado do Centro Espacial Kourou nas Guianas. Este equipamento oferece aos exércitos uma importante capacidade de informação para o acompanhamento de zonas geográficas precisas para a preparação das missões, para a avaliação das zonas visadas pelas forças militares e igualmente para a observação das zonas de conflito.
O satélite constitui um útil vetor de informação por suas passagens repetidas sobre zonas especificas, com toda a segurança.
Entretanto, a caracteristica periodica das informações assim fornecidas, necessita de complementação, obtidas pelos aviões pilotados e depois, dos anos 1980, pelos equipamentos não pilotados denominados "drones".


                                 



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