segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Anacleto de Medeiros - O negro Maestro

                                        

                             

                 A música popular brasileira é a mais completa, mais totalmente nacional, a

                                                     mais forte criação de nossa raça até agora”
                                                                                                          (Mário de Andrade)

Esta postagem sobre o maestro Anacleto Augusto de Medeiros tem como base o artigo O Choro:
uma Visão Sobre a Questão dos Limites e Possibilidades para a Inserção do Negro na Sociedade Brasileira através da Música em Caminhos da História, Vassouras, v. 6, n. 2, p. 95-108, jul./dez., 2010; entre outros, que serão devidamente citados ao longo do texto.


A formação das bandas musicais tem seus primórdios nos cantos Gregorianos de acordo com material colhidos em www.historiasuaporongaba.com. [..] para entender o fenômeno que gerou as bandas musicais é preciso considerar, inicialmente, o Coral Gregoriano ou o Cantochão ou o Canto Litúrgico da Igreja Romana. Sem dúvida, escondem-se nas melodias do cantochão fragmentos dos hinos cantados nos templos gregos e dos salmos que acompanhavam o culto do Templo de Jerusalém, porém é impossível apreciar a proporção em que esses elementos entravam no cantochão.
As qualidades características do Coral Gregoriano são a inesgotável riqueza melódica, o ritmo puramente prosódico, subordinado ao texto, dispensando a separação dos compassos pelo risco, e a rigorosa homofonia: o cantochão, por mais numeroso que seja o coro que o executa, sempre é cantado a uníssono, a uma voz.
A nossa música é, em todos os seus elementos, diferente do cantochão, que parece pertencer, histórica e teologicamente, a um outro mundo: é a música dos céus e de um passado imensamente remoto.
As bandas de música nasceram do “cantochão”, ou seja do canto gregoriano, da música do mestre-de-capela, ou das capelas das catedrais e muitas matrizes, pelo abandono das vozes e o reforço da instrumentação de sopro.
O canto gregoriano era uma melodia simples, sem acompanhamento, cantado por um solista vocal ou por um coro em uníssono; esta forma simples de arte forneceu a base para quase toda música medieval. 
O Theatrum Ecclesiasticum é um manual sobre o cantochão para as igrejas, escrito em 1743 e organizado por frei Domingos do Rosário, um dos cantochonistas de Mafra (Portugal), criado por D. Pedro V; aí se pode rastrear a origem da música não sacra da procissão e daquela que se liberou da Igreja e já era usada nas danças permitidas nas procissões portuguesas.
A banda veio aos poucos de Portugal; aqui acresceram as influências do índio e do negro.
Em Pedrogão Grande (Portugal), em 1612, as tais danças foram acompanhadas pelos mais variados instrumentos.
Mas, quando se formou, o que estamos entendendo por banda de música, já a música se emancipara do canto.
No mundo inteiro ocidental essa origem é a mesma, com nomes iguais ou pouco diferentes.
A música do mestrede-capela já saía à rua, quando surgiram as primeiras bandas militares em 1802.
A instituição dos mestres-de capela durou mais nas catedrais por ordem do Império e sua figura continuou, às vezes, no mesmo mestre de banda e de orquestra.
[..] Ainda não se falava, textualmente, em banda de música, não militar. O nome surgiu, por exemplo, num documento de 1842 da Fábrica de Ferro Ipanema, descrevendo os instrumentos e fardamento. 
Curiosamente essa banda era formada por negros - escravos e descendentes. Farda, até hoje usada, é influência militar.
Do cantochão o ritmo e os nomes das peças executadas andando: dobrado e marcha.
Um costume que desapareceu completamente, mas que é forte sinal da ligação com o cantochão, era o acompanhamento de enterros pela banda, cujas músicas tocadas eram as mesmas do mestre-de-capela, anteriormente cantadas com acompanhamento de instrumentos de corda e um ou outro de sopro.
A diferenciação da música de igreja do mestre-de-capela em todo mundo cristão, não só no Brasil, operou-se na orquestra, em que a princípio predominavam os instrumentos de corda, e em banda de música militar.
Ainda de acordo com o artigo supramencionado é apresentada a origem da nomenclatura banda.
A palavra banda é de origem germânica, deriva de bando. Por exemplo: bando de casamento é a
proclamação do casamento.
As cornetas e tambores, acompanhando um oficial que fazia uma proclamação, formavam um bando. Nos tempos coloniais era assim que anunciavam os decretos, leis, festividades, etc.
Portanto, do bando veio a banda militar de cornetas, tambores, pífaros, e desta a banda militar ou de regimento, completa.
Desta veio a banda de música civil, popularmente chamada de banda. Possivelmente, houve a transformação de “bando” em “banda”. As bandas, no território brasileiro, eram mantidas pelas prefeituras, sociedades privadas e alguns benfeitores. Houve até Igreja que manteve banda.
A verdade, porém, é que os músicos pouco ganhavam, quando muito o “mestre” tinha uma ajuda de custo mensal, e as outras fontes de receitas eram os pagamentos recebidos por apresentações em eventos, principalmente nas festas religiosas, quando o dinheiro recebido era repartido entre todos os componentes. 
Para manter a banda, a diretoria procurava angariar recursos através de rifas, quermesses, livros de ouro, listas de contribuições, etc. Normalmente, o maestro e alguns músicos destacados eram contemplados com empregos públicos, pois, assim, a banda conseguia sobreviver.
E neste contexto advém o  negro e futuro maestro Anacleto Augusto de Medeiros
Anacleto Augusto de Medeiros era filho de uma escrava liberta e nasceu na ilha de Paquetá no dia 13 de julho de 1866. A razão que levou a mãe de Anacleto o batizá-lo com este nome é devido à coincidência de Anacleto de Medeiros “ter nascido no mesmo dia de santo Anacleto, terceiro papa da história e um dos mártires do cristianismo” (DINIZ, André. p. 17)

Visando a busca por maior enriquecimento cultural em sua formação, Anacleto decide partir para capital do império em 1884 para estudar no Conservatório de Música.
Anacleto de Medeiros começou na música tocando flautim da Banda do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro. 
Aos 18 anos foi trabalhar como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e ao mesmo tempo matriculou-se no Imperial Conservatório de Música.
Nessa época já dominava quase todos os instrumentos de sopro, e tinha especial preferência pelo saxofone. Fundou, entre os operários da tipografia, o Clube Musical Gutemberg, iniciando aí sua função de organizador de conjuntos musicais.

O seu curso no Conservatório duraria até 1886, quando neste ano, Anacleto sairia com sua “carta de professor de clarineta, apto a projetar-se como hábil executante, regente, compositor e – sem desdouro para a formação erudita – até chorão”.( O Jornal, 10/07/1966, 3º caderno.)
Foi nessa época em que organizou a Sociedade Recreio Musical Paquetaense, em Paquetá, seu bairro natal, e começou a compor algumas peças sacras.
Existe uma problemática em se tratando da veracidade em relação ao ano em que Anacleto de Medeiros haveria entrado no Conservatório de Música para iniciar seus estudos.
Temos então indicações feitas por pesquisadores de que Anacleto ingressaria no Conservatório em 1884.
É o caso afirmado pelo maestro Baptista Siqueira9 e por Jota Efegê em sua matéria escrita no periódico O Jornal no ano de 1966.
Com o cenário de profundas transformações sóciopolíticos que a cidade do Rio de Janeiro estava atravessando neste contexto do início do século XX – modernização, urbanização, civilização e limpeza da cidade – serviu de inspiração para que Anacleto compusesse obras a partir desta situação efervescente em que conviveu.
Sendo assim, Anacleto de Medeiros compôs uma polca chamada de Cabeça de Porco. (vídeo)
O título da música é referente aos inúmeros cortiços que existiam nesta época na cidade do Rio de Janeiro.
Outras composições que ficaram conhecidas foram "Santinha", "Três Estrelinhas" e "Não Me
Olhes Assim".
Além de estar explorando a sua veia artística de compositor, Anacleto voltava a sua percepção para a observação dos acontecimentos políticos. Apesar de não ser um militante, e tão pouco possuir uma participação mais profunda e ativa na política, ele demonstrou uma opinião notória em suas músicas.

                         

A banda do Corpo de Bombeiros, banda que diga se de passagem, foi fundada pelo próprio Maestro Anacleto de Medeiros em 1896, estreando no dia da comemoração da Proclamação da República daquele mesmo ano.
Com o nome merecidamente projetado como músico de grande mérito, quando pelo aviso nº 1.225, de 30-10-896 (sic), o Ministro da Justiça atendeu ao pedido do tenente-coronel Eugênio Rodrigues Jardim, comandante interino do Corpo de Bombeiros, para criar uma banda de música (“sem ônus”), já Anacleto de Medeiros estava indicado como organizador e regente.( O Jornal, 10/07/1966, 3º caderno.)

Parece que Anacleto de Medeiros acertou em cheio na sua estréia com a Banda do Corpo de Bombeiros.
Os primeiros frutos deste seu trabalho já estavam prontos para serem colhidos no dia seguinte a sua estréia, demonstrando certa aprovação da sociedade e, principalmente das camadas superiores da própria instituição dos bombeiros. Assim, temos a seguinte notícia de um dos periódicos que circulava no Rio de Janeiro: “Ao Comandante do Corpo de Bombeiros diversas firmas de nossa praça ofereceram a quantia de 700$ para a compra de instrumental”. ( O Jornal, 10/07/1966, 3º caderno.)

Um comentário Histórico

As bandas musicais exerceram um papel essencial no Brasil.
Os relatos que temos sobre a formação das bandas que conhecemos hoje é fruto da vinda da família real para o Brasil com a sua corte no ano de 1808.

              

Junto da nobreza estava a Banda da Brigada Real.
No entanto, o momento em que as bandas conseguiram sobressair alcançando uma posição de destaque na sociedade é a partir da segunda metade do século XIX.
( DINIZ, André. O Rio musical de Anacleto de Medeiros. Op. cit., p. 55.)
Ainda de acordo com André Diniz em E nasce a música popular no Rio de Janeiro” [..] O primeiro grupo musical que temos notícia era uma espécie de “banda primitiva”, conhecido como “barbeiros”, que existiam desde o século XVIII, sendo formado, basicamente, por escravos obrigados por seus senhores a aprenderem novos ofícios.

Recebiam essa denominação porque a profissão de barbeiro era a única a deixar tempo vago para a aprendizagem de outros trabalhos. Eles se apresentavam em festas religiosas, profanas e até oficiais; tocavam dobrados, fandangos e quadrilhas.
O pintor Debret em seu livro Viagem pitoresca e histórica ao Brasil dá um retrato dos barbeiros do período:
                        
Dono de mil talentos, ele (o barbeiro) tanto é capaz de consertar a malha escapada de uma meia de seda, como de executar, no violão ou na clarineta, valsas e contradanças francesas, em verdade arranjadas ao seu jeito.
No terceiro quartel do século XIX, a música de barbeiro foi perdendo espaço para outras formas de representação musical. Seu “ritmo de senzala” e seu espírito foram canalizados para os grupos de choro, mas foi nas bandas de música que detectamos mais claramente a sua continuidade.
Com o surgimento das bandas de música da Guarda Nacional, em 1831, teve início o desenvolvimento das bandas militares e civis nos grandes centros urbanos do Império.
As apresentações nos coretos e nas festas cívicas faziam das bandas militares uma referência obrigatória de diversão na cidade.
Logo surgiram bandas civis imitando sua formação, tocando músicas para bailes e apresentando-se nos coretos das praças.
Deste modo, começaram a participar mais intensamente em diversos setores sociais, como por
exemplo, festas populares, bailes, campanhas políticas, festas cívicas, festas religiosas, carnaval e solenidades em geral.
Destarte, temos que Anacleto foi fundador, diretor e maestro de muitas bandas, tendo contribuído de maneira fundamental para a fixação dessa formação no Brasil.
A tradição de bandas se reflete até hoje, por exemplo, no desenvolvimento de uma sólida escola de sopros.
Em relação à formação de bandas, Anacleto traz em sua caminhada musical um número expressivo como precursor nesta área, ou seja, dedicou parte de sua vida para o ensino e fundação de bandas musicais.
Dentre as organizações destas corporações musicais destaca-se a Sociedade Recreio Musical Paquetaense (anteriormente mencionada) Banda de Magé, Banda da Tipografia Nacional, Banda da Fábrica de Paracambi e a que lhe proporcionou mais fama fazendo com que seu nome entrasse para história para nunca mais sair, a já citada Banda do Corpo de Bombeiros.
A construção que Anacleto de Medeiros realizou entre as bandas musicais e o gênero do choro foi esplêndido.
As bandas de musicas serviram de canal para a divulgação da linguagem chorística, se tornado herança para as demais gerações que vieram depois de Anacleto.
O grande exemplo disso é a influência que veio surgir “cerca de vinte anos depois, ao estruturar sua linguagem orquestral, Pixinguinha mostrou forte influência da música das bandas”.( CAZES, Henrique. Choro do quintal ao municipal. São Paulo: Ed. 34, 1998, p. 33.)

O flautista e saxofonista Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma definida.
Para isso, introduziu elementos da música afro-brasileira e da música rural nas polcas, valsas,
tangos e schottischs dos chorões.

             

                                   O mestre

Ele é considerado o maior chorão de todos os tempos. É de sua autoria o clássico Carinhoso, música obrigatória no repertório do choro.
Vale dizer, que a história do choro iniciou em meados do século XIX, época em que as danças de salão passaram a ser importadas da Europa.
A abolição do tráfico de escravos, em 1850, provocou o surgimento de uma classe média urbana (composta por pequenos comerciantes e funcionários públicos, geralmente de origem negra), segmento de público que mais se interessou por esse gênero de música.
Em termos de forma musical, o choro costuma ter três partes (ou duas, posteriormente), que seguem a forma rondó (sempre se volta à primeira parte, depois de passar por cada uma delas).
Os conjuntos que o executam são chamados de regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de chorões.
               
                               

Apesar do nome, o gênero é em geral de ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes, que precisam ter muito estudo e técnica, ou pleno domínio de seu instrumento. (ouça) https://www.youtube.com/watch?v=20NFqKaGz40
O significado do trabalho empenhado por Anacleto de Medeiros na formação das bandas se perpetuou na fusão entre as bandas e os chorões, ou seja, pode-se dizer que, as bandas de músicas se tornariam uma verdadeira escola de chorões, uma vez que estes músicos começariam a sua trajetória tocando nas bandas musicais.
Fato que é destacado por André Diniz no trecho abaixo:
(...) a maioria dos músicos encontrou na Banda do Corpo de Bombeiros seu primeiro emprego profissional e estável. E como parte significativa deles levava uma vida notívaga, trabalhando em bailes, teatros e grupos de choro, dá para imaginar a energia que o maestro precisava ter para organizar ensaios, ensinar a utilização correta dos instrumentos e explorar melhor o fraseado dos músicos. Sua forte cobrança estava ligada à questão estética, à busca da perfeição sonora.
(DINIZ, André. O Rio musical de Anacleto de Medeiros. Op. cit., p. 62.)
Ao compor suas melodias, Anacleto de Medeiros utilizou-se da mesma técnica musical, esteticamente falando, que Joaquim Callado havia usado.
Aqui, vale abrir um espaço para ressaltar a figura de Joaquim Callado
O flautista e compositor Joaquim Antônio da Silva Callado é conhecido como o pai dos 
                                      

chorões e foi o mais popular músico do Rio de Janeiro imperial. Ele é considerado um dos criadores do Choro, ou pelo menos um dos principais colaboradores para a fixação do gênero.
Seu maior sucesso é Flor Amorosa, número obrigatório para qualquer flautista de choro.
Retornando á Anacleto de Medeiros, foi por meio de quase todos os gêneros musicais urbanos característicos do final do século XIX – xótis, valsas, polcas, tangos, dobrados e choros – ele (Anacleto de Medeiros) deu um tom abrasileirado a elas.
Devido à obra de Anacleto ser considerada de coerência perfeita entre as partes, desenvolvendo os temas de forma inteligente e harmoniosa, essa pode ser a razão pelo qual a sua música foi imortalizada através das gravações antológicas feita pela Casa Edison.

A fase mecânica das gravações, que durou de 1902 (quando surgiram as gravações fonográficas no Brasil através da Casa Edison) até 1927, foi um período de predominância das bandas e dos grupos de instrumentais nos registros sonoros.

Com isso, temos mais de cem gravações de Anacleto de Medeiros, sendo ele, o próprio compositor mais gravado pela Banda de Música do Corpo de Bombeiros.
Estes dados nos confirmam a importância da produção musical e a ação cultural que era desenvolvida no meio urbano da cidade do Rio de Janeiro.
Desta maneira, encontramos descrito a respeito de uma parceria musical de Anacleto com Catulo da Paixão Cearense, assim como, com Heitor Villa-Lôbos (sic). Com Catulo da Paixão, segundo o jornal, Anacleto foi parceiro em dezenas canções que obtiveram fama, inclusive a música intitulada de
Rasga o coração, que o maestro Villa-Lobos aproveitou para introduzir em seu choro nº10.

No sepultamento de Anacleto de Medeiros, em Paquetá, dia 14 de agôsto de 1907, estiveram presentes várias bandas de música, destacando-se, entre elas, as três que o ilustre desaparecido havia criado com tanto idealismo: “Corpo de Bombeiros”, “Fábricas de Chitas Bangú” e “Banda de Magé”.

Para as cerimônias do sepultamento (...), a banda de Música do Corpo de Bombeiros seguiu, do Rio de Janeiro, de lancha Aquarius, segundo informações da época.
Vários oficiais da briosa corporação constituíram a comissão oficial, que damos, a seguir:
Cap. Paulo da Costa (representando o comandante); Cap. Vieira (representando o inspetor); Tenentes: Bueno e Silva. Alferes: Afonso, Leonardo Ferreira, Tenreiro, Carneiro e Antônio Fernandes.
A Banda de Música da Fábrica de Bangú, se fêz representar pelo Sr. J. Trota de Aguiar.
O maestro Francisco Braga esteve presente como Professor integrado a representação do Instituto Nacional de Música. (SIQUEIRA, Baptista. Três vultos históricos da música brasileira. Op. cit., p. 194.)

Apesar da importância de Anacleto para música popular brasileira, a sua história é quase que totalmente esquecida pela nossa sociedade, praticamente se tornado um estranho, até por muita das vezes, no meio dos próprios profissionais da área musical.
Essa constatação pode ser observada nas palavras de Iza Calbo, uma jornalista que publicou uma matéria para o Jornal do Brasil afirmando que “Num país sem memória, o maestro homenageado é praticamente um estranho no ninho, embora tenha figurado ao lado de Chiquinha Gonzaga”.( Jornal do Brasil, 20/01/2000. Caderno 2, p. 3.)



                    

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