Ouvindo a letra da música
it’s wonderful world com Louis Armstrong (ouça, é linda) e lendo um artigo do grupo financiero
banamex sobre à ave Quetzal
pensei, sim o mundo pode ser maravilhoso, mas há muitas coisas que
devem ser consideradas com a prioridade necessária para que não nos lamentemos tardiamente.
Segue o mencionado texto, com posterior tradução de minha
parte.
“Muchos
de nosotros hemos oído hablar de un ave maravillosa conocida como
quetzal, que algunos consideran como la más bella sobre la Tierra,
por su iridiscente plumaje de intensos colores que al contraste con
la luz muestra tonos y brillos asombrosos.
En la época prehispánica se le
consideró como ave sagrada y fue tema de poemas, leyendas y representaciones artísticas. Más
tarde fue objeto codiciado de comerciantes, coleccionistas y en
nuestro tiempo es anhelo y obsesión de ornitólogos, fotógrafos y
conservacionistas.
El
quetzal fue visto como una de las representaciones del dios
azteca
Quetzalcóatl
y del dios
maya Kukulkán,
debido a su vuelo ondulante que hace que sus largas plumas den el
efecto del movimiento de una serpiente emplumada. Éstas plumas eran
tan valoradas que se usaban como moneda; con ellas se hacían
ofrendas a los dioses y eran destinadas al adorno exclusivo de reyes,
sacerdotes y grandes guerreros. El que mataba un quetzal era reo de
muerte y sólo pocos tenían permiso de atraparlo para obtener sus
plumas, ya que vuelven a crecer.
El quetzal es una especie de ave muy
frágil cuya supervivencia está íntimamente vinculada a su hábitat; tiene un índice muy bajo
de reproducción y sus crías están expuestas a un sinnúmero de depredadores. El quetzal muere cuando
se le recluye en jaulas; y aunque logra sobrevivir en algunos aviarios, no se reproduce y sus
plumas pierden brillo y color.
Recientemente se han reportado dos
casos en los que se ha logrado su reproducción en cautiverio.
En México había quetzales en muchos
bosques de la Sierra Madre, pero hoy en día esta especie sólo vive
en los húmedos y altos bosques de niebla ubicados en el sur de
México y las montañas centroamericanas, que se caracterizan por su
densa vegetación y asombrosa biodiversidad. En el caso de México,
habitan en la Reserva de la Biosfera El Triunfo y en los Chimalapas,
en Chiapas.
Gracias a los esfuerzos de
conservación en El Triunfo, se ha logrado incrementar la población
de esta especie en grave peligro de
extinción. Estudios de la Secretaría del Medio Ambiente estiman que
hoy en día existe en El Triunfo una población de tres de estas aves
por cada 16 hectáreas, a diferencia de hace 25 años, cuando sólo
se contaba con un individuo para la misma extensión de territorio.
Esto es un logro importante.
1.
Los quetzales miden cerca de 40
centímetros.
2.
El macho tiene el pecho de intenso color
rojo y su cola mide hasta un metro.
3.
Se alimentan de insectos y ranas, pero
sobre todo de frutas silvestres.
4.
Son silenciosos, pero a veces se juntan
hasta seis y vuelan con gran escándalo.
5.
En la época de apareamiento cantan para
atraer una pareja.
6.
Construyen nidos escarbando agujeros en
árboles viejos.
7.
La hembra pone huevos azul claro y se turna
con el macho para empollarlos.
Tradução:
Muitos de nós temos ouvido falar de uma ave maravilhosa conhecida como Quetzal, que alguns consideram como a mais bela sobre a Terra por sua iridiscente plumagem de intensas cores que ao contraste com a luz mostra tons e brilhos assombrosos.
Na época pré-hispânica ela foi considerada uma ave sagrada e foi tema de poemas, lendas e representações artisticas.
Mais tarde foi objeto cobiçado por comerciantes, colecionadores e no tempo atual, é desejo e obsseção de ornitólogos fotógrafos e conservasionistas.
O Quetzal foi visto como uma representação do deus asteca Quetzalcóatl e do deus
maya
Kukulkán, devido ao seu vôo ondulante que faz com que as longas plumas de sua cauda causem um efeito do movimento de uma serpente emplumada.
Estas penas eram tão valorizadas que eram usadas
como moeda, com elas se faziam oferendas aos deuses e eram destinadas
para o adorno exclusivo de reis, sacerdotes e grandes guerreiros.
Aquele que matava um quetzal era réu de morte e só poucos tinham
permissão de aprisiona-los para obter suas penas, já que voltam a
crescer.
O quetzal é uma espécie de ave muito frágil
cuja sobrevivência está intimamente vinculada ao seu habitat, tem
um índice muito baixo de reprodução e suas crias estão expostas a
um sem número de predadores. O quetzal morre quando preso em
gaiolas, e mesmo que logre sobreviver em alguns aviários, não se
reproduz e suas penas perdem brilho e cor.
Recentemente foram reportados dois casos nos quais
teve-se êxito de sua reprodução em cativeiro.
No México havia quetzales em muitos bosques da
Serra Madre, mas hoje em dia esta espécie só vive nos úmidos e
altos bosques de neblina localizados
ao sul do México e nas montanhas centroamericanas, que se
caracterizam por suas densas vegetações e assombrosa
biodiversidade. No caso do México, habitam na Reserva da Biosfera o
Triunfo e nos Chimalapas, em Chiapas.
Graças ao esforço de conservação em o Triunfo,
se tem conseguido incrementar a população desta espécie em grave
perigo de extinção. Estudos da Secretaria de Meio Ambiente estima
que hoje em dia existe em o Triunfo uma população de três destas
aves por cada 16 hectares, diferente de à 25 anos, quando somente
havia um individuo para à mesma extensão de território. Isto é um
importante êxito .
1. Os quetzales
medem cerca de 40 centímetros.
2. O macho tem o peito com intensa cor vermelha
e sua cauda pode chegar até um à metro.
3.Se alimentam de insetos e rãs,
mas principalmente de frutas silvestres.
4.São silenciosos, porém às vezes se juntam
em até seis e voam com grande barulho.
5.Em época de acasalamento, cantam para atrair
uma parceira.
6.Constroem ninhos escavando buracos em arvores velhas.
7.A fêmea põe ovos azul-claro e reveza com o
macho para chocá-los.
Vale
frisar que a valoração do quetzal como moeda pode ser notada na sua
presença nas
notas e moedas da Guatemala.
Destarte, aproveitando o tema acima e como o lema é
navegar e descobrir, abro espaço para a divindade QUETZALCÓATL.
QUETZALCÓATL.
Quetzalcóatl é uma divindade das culturas da
Mesoamérica, em especial da cultura asteca também venerada pelos
toltecas e maias. É considerada por alguns pesquisadores como a
principal dentro do panteão desta cultura pré-hispânica.
Os astecas incorporaram esta deidade em sua chegada ao vale do México, no entanto modificaram seu culto, eliminando algumas partes, como a proibição dos sacrifícios humanos.
O nome de Quetzalcóatl é
composto de duas palavras de origem náuatle: quetzal,
que é a ave já mencionada de
formosa plumagem que habita a selva
centroamericana e cóatl,
"serpente"
e é usualmente traduzida como
"Serpente Emplumada", "Pássaro Serpente", ou "Pássaro Serpente da Guerra"; Especula-se que a origem desta deidade provém da cultura olmeca, no entanto sua primeira aparição inequívoca ocorreu em Teotihuacan.
A cultura teotihuacana dominou durante séculos o planalto mexicano. Sua influências culturais abarcaram grande parte da mesoamérica, incluindo as culturas maia, mixteca e tolteca.
Os maias retomaram a Quetzalcóatl como Kukulkán.
"Serpente Emplumada", "Pássaro Serpente", ou "Pássaro Serpente da Guerra"; Especula-se que a origem desta deidade provém da cultura olmeca, no entanto sua primeira aparição inequívoca ocorreu em Teotihuacan.
A cultura teotihuacana dominou durante séculos o planalto mexicano. Sua influências culturais abarcaram grande parte da mesoamérica, incluindo as culturas maia, mixteca e tolteca.
Os maias retomaram a Quetzalcóatl como Kukulkán.
Quetzalcoatl representa as energias telúricas que
ascendem, daí a sua representação como uma serpente emplumada.
Neste sentido, representa a vida, a abundância da vegetação, o
alimento físico e espiritual para o povo que a cultua ou o indivíduo
que tenta uma ascendência espiritual.
Posteriormente, passou a ser
cultuado como deus representante do planeta Vênus,
simultaneamente Estrela da Manhã e Estrela da noite, correspondendo,
com o seu gêmeo Xolotl(deus cão),
à noção de morte e ressurreição.
Deus do Vento e Senhor da
Luz, era, por excelência, o deus dos sacerdotes. É às vezes
confundido com o rei sacerdote de Tula.
Segundo fontes incertas e
tradições orais, uma das representações deste deus é um homem
branco, barbado e de olhos claros. Esta representação seria uma das
justificativas da teoria de que os povos indígenas, durante a
conquista da Nova Espanha (Mesoamérica),
acreditaram que Hernán Cortez
era Quetzalcóatl.
O acadêmico multiculturalista Serge Gruzinski, analisando as crônicas do século XVI sobre a conquista do México, compartilha da crença de que os astecas realmente acharam que Cortez fosse Quetzalcóatl e essa é uma das razões pela qual os espanhóis dominaram tão facilmente a América Central.
O acadêmico multiculturalista Serge Gruzinski, analisando as crônicas do século XVI sobre a conquista do México, compartilha da crença de que os astecas realmente acharam que Cortez fosse Quetzalcóatl e essa é uma das razões pela qual os espanhóis dominaram tão facilmente a América Central.
Os astecas incorporaram esta deidade em sua chegada ao vale do México, no entanto modificaram seu culto, eliminando algumas partes, como a proibição dos sacrifícios humanos.
De
acordo com texto abaixo retirado de Geograficidade
v.2,
n.2, Inverno 2012
(as figuras foram inseridas pelo blog).
Seus
deuses adquiriam formas e funções diferentes. Uma destas formas era
o Sol, este mesmo SOL, indispensável para toda a vida e que seu
desaparecimento da superfície da Terra ocorreria a morte de todos,
era adorado como Tonatiu,
um deus bom e benfazejo.
Por
outro lado, os sacerdotes, reis e o próprio povo sabiam que este Sol
necessitava continuamente de alimentação humana, para se manter
forte e realizar sua tarefas diárias.
Esta
exigência era do deus da guerra, feroz e imperioso que era o mesmo
SOL, Huitzilopochtli,
liderando os méxicas em todas as suas batalhas e pilhagens em busca
de prisioneiros necessários como escravos e como sacrifício humano.
As
guerras eram planejadas e declaradas a todas as nações e os
guerreiros convocados impreterivelmente. As vidas daqueles que foram
aprisionados eram consagrados ao deus
sol,
faminto de sangue humano, insatisfeito, exigindo cada vez mais
sacrifícios.
Portanto, podemos inferir que os sacrifícios
humanos eram considerados essenciais na cultura asteca, como se pode
constatar no seguinte trecho da mesma fonte.
“Os prisioneiros eram escolhidos entre os homens
mais perfeitos e sem máculas. Alimentados com as comidas mais
gostosas e rodeados por belas donzelas.
No dia do sacrifício eram ornamentados como
deuses e levados por um barco até o templo situado em uma ilha do
lago.
Os cativos subiam os degraus da Grande
Pirâmide e sobre a Pedra do Sol,
um sacerdote com uma espada de obsidiana,
de cada um era retirado o coração, ainda palpitando, e
então era
esmagado e esfregado sobre as pedras escorregadias e sanguinolentas e
deglutidos pelos sacerdotes.
A cerimônia era oficializada pelo imperador, após
os cozinheiros reais prepararem as pernas, as nádegas e os braços
dos sacrificados.
Estas partes dos seres humanos traziam força,
resistência e coragem. Eram assadas em espetos sobre brasas, sendo
umedecidos e espremidos com tomates, acompanhados com grãos de
baunilha, molho de chocolate, pimentas e especiarias picantes.
Alguns espanhóis que provaram da comida
declararam que a carne era macia e adocicada, parecendo um peru
assado (SHERWOOD,
A Noite Triste, 2006, p. 337).
Segundo relatos os
sacrificados recebiam uma grande dose dos botões de um cacto
denominado teonanacatl,
com a finalidade de amortecer a morte.
Reforçando a narrativa acima sobre a importância
dos sacrifícios pelos astecas, o texto da
Faculdade
de Tecnologia e Ciências - Ensino a Distância (pág 25-26) nos traz:
“Tomemos como
exemplo a guerra. A cosmogonia asteca (ou povo do Sol, como
eles mesmos se viam) impelia-os para que mantivessem irrigadas de
“água preciosa” – sangue humano – o Sol, a Terra e todas as
divindades, sem a qual a engrenagem do mundo deixaria de funcionar.
Daí decorriam as guerras sagradas e os sacrifícios humanos. Além das finalidades positivas para o Estado, como conquista territorial, imposição de tributos e a livre passagem de seus comerciantes, a guerra tinha a função proeminente de garantir-lhes prisioneiros para os sacrifícios. Quando consolidaram a maior parte das conquistas (meados do século XV) tiveram os soberanos que inventar a “guerra florida” – torneio para fornecimento de vítimas
para os deuses”.
Aqui em vista do exposto, quero ressaltar que os costumes e procedimentos de uma dada cultura devem ser analisados de forma contextual e as suas conseqüências históricas, como
exemplo, exponho o trecho do Frei Bartolomé de Las Casas a respeito da invasão espanhola que traz: “Os espanhóis, com seus cavalos, suas espadas e lanças começaram a praticar crueldades estranhas; entravam nas vilas, burgos e aldeias, não poupando nem as crianças e os homens velhos, nem as mulheres grávidas e parturientes e lhes abriam o ventre e as faziam em pedaços como se estivessem golpeando cordeiros fechados em seu redil. Faziam apostas sobre quem, de um só golpe de espada, fenderia e abriria um homem pela metade, ou quem, mais habilmente e mais destramente, de um só golpe lhe cortaria a cabeça, ou ainda sobre quem abriria melhor as entranhas de um homem de um só golpe. Arrancavam os filhos dos seios da mãe e lhes esfregavam a cabeça contra os rochedos enquanto que outros os lançavam à água dos córregos rindo e caçoando, e quando estavam na água gritavam: move-te, corpo de tal?! Outros, mais furiosos, passavam mães e filhos a fio de espada.” Ou seja, como mencionei antes, cada ato de um determinado povo tinha no seu devido contexto sua razão de ser e como tal, deve ser analisado pelas conseqüências posteriores na história. Bem, para desanuviar vamos falar do delicioso e saboroso Cacau.
Daí decorriam as guerras sagradas e os sacrifícios humanos. Além das finalidades positivas para o Estado, como conquista territorial, imposição de tributos e a livre passagem de seus comerciantes, a guerra tinha a função proeminente de garantir-lhes prisioneiros para os sacrifícios. Quando consolidaram a maior parte das conquistas (meados do século XV) tiveram os soberanos que inventar a “guerra florida” – torneio para fornecimento de vítimas
para os deuses”.
Aqui em vista do exposto, quero ressaltar que os costumes e procedimentos de uma dada cultura devem ser analisados de forma contextual e as suas conseqüências históricas, como
exemplo, exponho o trecho do Frei Bartolomé de Las Casas a respeito da invasão espanhola que traz: “Os espanhóis, com seus cavalos, suas espadas e lanças começaram a praticar crueldades estranhas; entravam nas vilas, burgos e aldeias, não poupando nem as crianças e os homens velhos, nem as mulheres grávidas e parturientes e lhes abriam o ventre e as faziam em pedaços como se estivessem golpeando cordeiros fechados em seu redil. Faziam apostas sobre quem, de um só golpe de espada, fenderia e abriria um homem pela metade, ou quem, mais habilmente e mais destramente, de um só golpe lhe cortaria a cabeça, ou ainda sobre quem abriria melhor as entranhas de um homem de um só golpe. Arrancavam os filhos dos seios da mãe e lhes esfregavam a cabeça contra os rochedos enquanto que outros os lançavam à água dos córregos rindo e caçoando, e quando estavam na água gritavam: move-te, corpo de tal?! Outros, mais furiosos, passavam mães e filhos a fio de espada.” Ou seja, como mencionei antes, cada ato de um determinado povo tinha no seu devido contexto sua razão de ser e como tal, deve ser analisado pelas conseqüências posteriores na história. Bem, para desanuviar vamos falar do delicioso e saboroso Cacau.
O Cacau
Reza a lenda que Quetzalcoatl (representado pela serpente emplumada) como já mencionado, desceu dos céus para transmitir sabedoria aos homens, e que lhes trouxe um presente: a planta Cacau.
Segundo está lenda mexicana, foi assim que se originou o cacau. Por está razão, Linnaeus o grande botânico sueco batizou o cacau com o nome de “Théobroma” de Theo = Deus e Broma = alimento, daí alimento dos deuses.
Quando sob o comando de Fernando Cortez, os espanhóis conquistaram o México (1519-1521) notaram que os sacerdotes astecas bebiam nos templos uma bebida de cor marrom. Ficaram intrigados, terminaram por descobrir que está bebida provinham da “árvore do cacau” fruto muito apreciado nesse país.
Os astecas consideravam a árvore e seu fruto com altas qualidades nutritivas e lhe atribuíam virtudes maravilhosas.
Os astecas e bem antes deles os maias já cultivavam esse fruto com amor. Denominavam o fruto dessa árvore de “Cacahuatl”.
Com ele faziam o “Tchocolath” que na sua linguagem designava “bebida amarga”.
Os mexicanos primitivos cultivavam a planta, colhiam os grãos e os colocavam ao sol para secarem e conseguir o fermento e logo os moíam. A farinha escura que eles obtinham era amassada com água, milho, mel e perfumada com baunilha, pimenta, ervas aromáticas e especiarias, que para os astecas tinham origem divina.
O cacau era por tanto bastante apreciado, tanto que as sementes serviam também como meio de pagamento entre os astecas.
Os grãos de cacau eram usados como moeda, de troca e de compra desde alimentos até vestuários e outras mercadorias.
O imperador Montezuma costumava receber anualmente 200 xiquipils (1,6 milhões de sementes) como tributo da cidade de Tabasco, que corresponderiam hoje a aproximadamente 30 sacas de 60 quilos.
O imperador Montezuma ao encontrar-se com Cortez pela primeira vez ofereceu-lhe esta bebida aromatizada com mel em uma taça de ouro como sinal de boas vindas.
A taça era de ouro puro e Cortez relatou que o imperador não se servia mais do que uma vez na mesma taça. Tal fato demonstrava, de um lado a imensa riqueza de Montezuma e por outro a alta estima que a bebida merecia.
Cortez entusiasmado com a descoberta escreveu a seu soberano Carlos V, imperador da Áustria e rei da Espanha: “Descobrimos um novo remédio é suficiente que se beba apenas uma taça para que fique totalmente reconfortável, tornando-nos capazes de obter a energia para o dia inteiro, mesmo sem nada mais comer” e em outra passagem:
“Basta uma porção desta preciosa bebida para se fortalecer um soldado de tal forma que consiga caminhar o dia todo sem que tenha necessidade de ingerir qualquer outro alimento”.
Mas, no inicio pelo registro transcrito abaixo, é possível notar o desprezo europeu pelo produto de acordo com as palavras de Girolamo Benzoni em La História Del Mundo Nvovo 1575 D.C
“Isto(chocolate) mais parece bebidas para porcos que alimento para gente. Eu estive no país por mais de um ano e nunca quis experimentar isto, e sempre que passava em um local e recusava esta bebida oferecida pelos Índios, eles ficavam pasmos, e se afastavam sorrindo. Mas então, como havia escassez de vinho, eu tomava outras bebidas, pra não ficar apenas bebendo água. O sabor é algo amargo, ele satisfaz e refresca o corpo, mas não inebria, e é o produto mais valioso do mercado, segundo os Índios do país (México)’.(www.plantacacau.com.br)
Então, nada melhor que um bom e saboroso......e ouvir Tim Maia!!!!
As informações abaixo são oriundas do site da
CEPLAC (Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira) entre outros que serão mencionados no decorrer do texto.
“A
história do cacau se confunde com a mitologia e a lenda:
Quetzalcoatl, Deus asteca da lua, roubou a planta do país dos filhos
do sol para dá-las aos homens, oferecendo-lhes assim alegrias
desconhecidas”.
Segundo está lenda mexicana, foi assim que se originou o cacau. Por está razão, Linnaeus o grande botânico sueco batizou o cacau com o nome de “Théobroma” de Theo = Deus e Broma = alimento, daí alimento dos deuses.
Quando sob o comando de Fernando Cortez, os espanhóis conquistaram o México (1519-1521) notaram que os sacerdotes astecas bebiam nos templos uma bebida de cor marrom. Ficaram intrigados, terminaram por descobrir que está bebida provinham da “árvore do cacau” fruto muito apreciado nesse país.
Os astecas consideravam a árvore e seu fruto com altas qualidades nutritivas e lhe atribuíam virtudes maravilhosas.
Os astecas e bem antes deles os maias já cultivavam esse fruto com amor. Denominavam o fruto dessa árvore de “Cacahuatl”.
Com ele faziam o “Tchocolath” que na sua linguagem designava “bebida amarga”.
Os mexicanos primitivos cultivavam a planta, colhiam os grãos e os colocavam ao sol para secarem e conseguir o fermento e logo os moíam. A farinha escura que eles obtinham era amassada com água, milho, mel e perfumada com baunilha, pimenta, ervas aromáticas e especiarias, que para os astecas tinham origem divina.
O cacau era por tanto bastante apreciado, tanto que as sementes serviam também como meio de pagamento entre os astecas.
Os grãos de cacau eram usados como moeda, de troca e de compra desde alimentos até vestuários e outras mercadorias.
O imperador Montezuma costumava receber anualmente 200 xiquipils (1,6 milhões de sementes) como tributo da cidade de Tabasco, que corresponderiam hoje a aproximadamente 30 sacas de 60 quilos.
O imperador Montezuma ao encontrar-se com Cortez pela primeira vez ofereceu-lhe esta bebida aromatizada com mel em uma taça de ouro como sinal de boas vindas.
A taça era de ouro puro e Cortez relatou que o imperador não se servia mais do que uma vez na mesma taça. Tal fato demonstrava, de um lado a imensa riqueza de Montezuma e por outro a alta estima que a bebida merecia.
Cortez entusiasmado com a descoberta escreveu a seu soberano Carlos V, imperador da Áustria e rei da Espanha: “Descobrimos um novo remédio é suficiente que se beba apenas uma taça para que fique totalmente reconfortável, tornando-nos capazes de obter a energia para o dia inteiro, mesmo sem nada mais comer” e em outra passagem:
“Basta uma porção desta preciosa bebida para se fortalecer um soldado de tal forma que consiga caminhar o dia todo sem que tenha necessidade de ingerir qualquer outro alimento”.
Mas, no inicio pelo registro transcrito abaixo, é possível notar o desprezo europeu pelo produto de acordo com as palavras de Girolamo Benzoni em La História Del Mundo Nvovo 1575 D.C
“Isto(chocolate) mais parece bebidas para porcos que alimento para gente. Eu estive no país por mais de um ano e nunca quis experimentar isto, e sempre que passava em um local e recusava esta bebida oferecida pelos Índios, eles ficavam pasmos, e se afastavam sorrindo. Mas então, como havia escassez de vinho, eu tomava outras bebidas, pra não ficar apenas bebendo água. O sabor é algo amargo, ele satisfaz e refresca o corpo, mas não inebria, e é o produto mais valioso do mercado, segundo os Índios do país (México)’.(www.plantacacau.com.br)
E assim, a primeira remessa de cacau mexicano foi
enviada a Espanha em 1580.
A deliciosa bebida impôs-se rapidamente na corte.
Ao chocolate acrescentaram açúcar e aroma mais de acordo com o
paladar espanhol.
Até hoje na Espanha o chocolate é indispensável
na primeira refeição do dia.
Os espanhóis mantiveram os segredos da arte de
cultivar o cacau, assim como de prepará-lo como bebida durante 100
(cem) anos.
Por ocasião do casamento de Anna da Áustria
(1602 a 1666), filha de rei Felipe III da Espanha, com Luis XIII da
França, certos monges espanhóis ofereceram o chocolate a seus
irmãos franceses.
Os embaixadores espanhóis passaram a imitá-los
oferecendo também o chocolate como presente. Anna da Áustria
introduziu o habito do chocolate na corte francesa. Pode-se dizer que
o chocolate triunfou na frança, quando Maria Tereza filha do rei
Felipe IV da Espanha , casou-se com Luis XIV, que em 1659 concede a
David Chaillon, oficial da rainha, o privilégio exclusivo de durante
dezenove anos fazer, vender e debilitar certa composição denominada
“chocolate”.
Na Inglaterra o chocolate passou a ser
verdadeiramente conhecido por volta de 1657. Seu uso foi rapidamente
adotado pelo “Snobs” da
época e logo difundido. Fundou-se em 1746 o famoso “Cocoa Tree
Club” que se tornou um dos mais celébres do mundo, pois lá
reuniam os homens da política para suas discussões.
Para fechar esta postagem coloco suas qualidades nutritivas de acordo com informações encontradas em http://www.ceplac.gov.br/radar/radar_cacau.htm
Para fechar esta postagem coloco suas qualidades nutritivas de acordo com informações encontradas em http://www.ceplac.gov.br/radar/radar_cacau.htm
Valor
Energético do Chocolate
O
chocolate é o alimento melhor balanceado que existe, contendo uma
associação bem equilibrada de cacau, leite e açúcar.
Devido
ao seu alto índice de carboidratos e gordura, o chocolate
apresenta taxas de proteínas bastante apreciável.
Um tablete
de 100 gramas corresponde a 6 ovos ou 3 copos de leite ou 220
gramas de pão branco ou 750 gramas de peixe ou 450 gramas de carne
bovina.
Um
tablete de 100 gramas de chocolate ao leite contém:
Glucídios | 56 g |
Elementos
minerais
|
Vitaminas | ||||
Lipídeos | 34 g | ||||||
Protídeos | 6 g | Potássio | 418 mg | Vitamina B1 | 0,10 | ||
Celulose | 0,5 g | Magnésio | 58 g | Vitamina B2 | 0,38 mg | ||
Água | 1,1 g | Cálcio | 216 mg | Vitamina PP | 0,80 mg | ||
Calorias | 550 | Ferro | 4mg |
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