Tecnologia Assistiva
O comite de ajudas tecnicas (CAT) (2007) juntamente com a Coodenadoria Nacional para Integração da Pessoa com Deficiência Fisica / Secretaria Especial dos Direitos Humanos (CORDE/SEDH) definiram a conceituação e nos estudos de normas de tecnologia assistiva estabeleceram:
Tecnologia assistiva é uma area de conhecimento de características interdisciplinar, que engloba, produtos recursos, metodologias, práticas e serviços que objetivam promover a funciomalidade, promoção e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
Tendo em vista a abrangência do conceito, compreende-se que os produtos da Tecnologia Assistida (TA) ampliam-se de tal forma para atender quaisquer circunstância do usuário e contribuir na sua inclusão social.
De acordo com Story et al (1998), a TA surgiu juntamente com a engenharia de reabilitação, em meados do século 20, devido a necessidade de melhorar as próteses e òrteses de milhares de soldados que retornavam com deficiência física da Segunda Guerra Mundial.
Desta forma, a partir da década de 1950, os centros de engenharia de reabilitação buscaram soluções, pesquisando àreas de tecnologia e reabilitação, incluindo questões de mobilidade, comunicação e transporte.
Com isto, a área de engenharia de reabilitação tornou-se especializada, com fundamentação e aplicação de metodologias cientificas, cuja função assiste tecnologicamente o usuário especifico com aplicação de dispositivos acerca de aumentar as capacidades fisicas, sensoriais e cognitivas, e assim, proporcionar certa autonomia.
Entre as classificações dos recursos da TA, conforme UNIT ISO 9999 (2008) e Bersch (2008) encontram-se os produtos designados para auxilio de pessoas cegas ou pessoas com visão subnormal que são equipamentos que visam a autonomia das pessoas com deficiência visual na realização de tarefas como consultar o relógio, usar calculadora, verificar a temperatura do corpo, identificar se as luzes estão acesas ou apagadas, cozinhar, identificar cores e peças de vestuário, verificar pressão arterial, identificar chamadas telefônicas, escrever, ter mobilade independente etc..
Inclui também auxilios ópticos, lentes, lupas e telelupas; os softwares leitores
Ampliadores de texto
de tela, leitores de texto, ampliadores de texto / tela, os hardwares como impressoras Braille, lupas eletrônicas, linha Braille (dispositivo de saída do computador com agulhas tatéis) e agendas eletrônicas.
Deficiência Visual
Conforme Decreto Federal 5296/2004 (BRASIL,2004), ITS, e Microsoft (2008) Brasil(2007), conceitua-se deficiência visual:
a) Cegueira na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
b) Baixa visão - significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
c) Os casos nos quais a somatória do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°;
d) Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
Ressaltamos a inclusão das pessoas com baixa visão a partir da edição do decreto n° 5296/04.
As pessoas com baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de contato, ou implante de lentes intra-oculares, não conseguem ter uma visão nítida.
As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância a luminosidade, dependendo da patologia causadora da perda da perda visual.
O fato da perda de visão, na maioria dos casos, está relacionado com o envelhecimento fisiológico, e consta que cerca de 80 milhões de pessoas com deficiência visual no mundo, 45 milhões são cegas, devido aumentar o comprometimento visual com o passar da idade, assim aproximadamente 4% das pessoas com mais de 60anos são cegas, e dentre as causas freqüentes estão a catarata, glaucoma, degeneração macular e retinopatia diabética (WHO,2005).
Males que acometem a visão no processo de envelhecimento
a) 0 Aumento gradativo da distância de focalização e perda na velocidade de acomodação da imagem.
b) Diminuição na percepção de pequenos detalhes.
c) O cristalino e o humor vitréo (liquido interno do olho) perdem a transparência e necessitam de maior intensidade de luz.
d) Decrescimo na capacidae de discriminar cores.
Comunicação e Tecnologia Assistiva (TA)
A comunicação está entre as atribuições essenciais para acessibilidade que transpõem obstáculos de diferentes formas que podem ser falada, escrita, visual gestual, língua de sinais, digital entre outras. (ITS;MICROSOFT,2008)
Segundo as normas ABNT (NBR 15599:2008) as barreiras de comunicação são definidas como "qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, sendo ou não de massa".
De acordo com Galvão Filho e Damasceno(2002) os recursos de
acessibilidade para uso de computador, relacionadas as pessoas com deficiências (PcD) mobilidade reduzida ou alguma limitação , classificam-se em três grupos :
a) Adaptações físicas ou órteses : são todos os aparelhos ou adaptações fixadas ou utilizadas no corpo da PcD e que facilitam a interação do mesmo com o computador;
b) Adaptações de hardware: são todos os aparelhos ou adaptações presentes nos componentes físicos do computador, nos periféricos ou
mesmo, quando os próprios periféricos, em suas concepções e construção, são especiais e adaptados.
c) Softwares especiais de acessibilidade: são os componentes lógicos das tecnologias de informação e comunicação quando construídos como Tecnologia Assistiva, ou seja, são os programas especiais de computador que possibilitam ou facilitam a interação do usuário com deficiência com a máquina.
Segundo a Intervox(2011), a importância da comunicação por meio de recursos de tecnologia contribui para a PcD visual nos aspectos de melhorar as condições de acesso à educação e conseqüentemente, possibilitar uma melhoria na qualidade de vida, seja no desenvolvimento intelectual,
cognitivo, pessoal ou profissional, além de possibilitar a comunicação, seja profissional ou nas formas de entretenimento com outros indivíduos em condições de igualdade.
Softwares para TA
Os programas de computador que atribuem a função de sintetizador de voz são considerados uma das principais ferramentas da Tecnologia Assistiva (TA) para a autonomia das pessoas com deficiência visual, pois possibilitam o acesso ao mundo da informática e promovem a incusão digital. Desta forma, estes programas permitem alcançar recursos que o ambiente de informática oferece para o aprendizado, pesquisa de informação e participação na rede social e virtual.
Entre os programas acessíveis presentes no mercado estão :
DoxVox Programa desenvolvido e distribuído pelo núcleo de computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011). A principal característica deste software é a interatividade com o usuário, por meio de dialogo e voz humana gravada, que estabelece fácil compreensão e operação via teclado.
http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/download.htm
NVDA - Non Visual Desktop Acess : programa leitor de tela de distribuição gratuita pela NV Acess com sede na Austrália. O proprietário do programa é Michael Curran, estudante cego e fundador da NV Acess. Atualmente participam bárias pessoas voluntariamente de diversos paises para melhorar e atualizar o programa .
Este leitor é configurável para 20 idiomas diferentes e possui versão compacta e portátil que permite o uso do programa gravado em dispositivo móvel - pendrive ou CD, possibilitando a conexão USB ou drive de CD de computador sem a necessidade de instalação do mesmo.
Ressalta-se outra atividade da NV Acess que tem consorcio com a empresa Adobe para melhorar a acessibilidade dos arquivos em PDF (NV Acess, 2011) http://www.nvaccess.org/http://www.nvaccess.org/
Virtual vision - Programa leitor de tela desenvolvido pela empresa brasileira MicroPower (2011) e distribuído gratuitamente por estabelecimentos conveniados
O software utiliza o Delta Talk que faz o sintetizador de voz em português com boa qualidade de áudio.
Baixar o programa
Você pode baixar o Virtual Vision para
avaliar e testar seus recursos. O arquivo de instalação que você recebe
contém o programa completo, mas com a limitação de funcionar em
sessões de 30 minutos. Após esse intervalo será necessário reiniciar o
computador para que o Virtual Vision volte a funcionar por outros 30
minutos.
Para o Virtual Vision funcionar sem essa limitação, é necessária a aquisição da licença de uso definitiva do programa.
Por favor, preencha o formulário abaixo e tecle
em "Enviar solicitação". Você receberá em
seu e-mail instruções para baixar a versão de
avaliação do Virtual Vision 6.0.
IMPORTANTE: O Virtual Vision
não é um produto gratuito. Se você estiver satisfeito com o programa,
por favor, adquira a licença definitiva após o período de avaliação. http://www.virtualvision.com.br/baixar.aspwww.assistiva.org.br
http// saci.org.br
Solidariedade, Apoio, Comunicação e Informação da Universidade de São Paulo - Rede Saci Paulo - Rede Saci