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A civilização egípcia especificamente na era
faraônica teve vários reis e rainhas, cujos reinados são estudados
de acordo com os historiadores por períodos denominados dinastias.
Dentre os reis e rainhas que passaram pelo Egito e
marcaram suas presenças erigindo construções de palácios e
pirâmides que marcaram de forma indelével seus nomes na historia
egípcia e da humanidade.
Para poder postar algo que compense o tempo
dispensado a leitura do blog à qual agradeço, coligi informações
em trabalhos acadêmicos estando entre eles (AS
MULHERES DO FARAÓ: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DAS RAINHAS TIYE E
NEFERTITI DURANTE O REGIME DE AMENHOTEP IV / AKHENATON (c. 1352 -
1336 AEC -
de PRISCILA
SCOVILLE) sendo os demais, mencionados no decorrer do texto.
Destarte, prosseguido, os faraós possuem papel destacado na
história egípcia, Faraó é um termo grego que surge como derivação
do egípcio per-aa
(casa grande) em relação ao
sistema de organização do poder no Egito Antigo.
De acordo com (ALDRED, Cyril. Op. Cit., 1966, pp. 102-103), o rei atuava a princípio com o domínio total do Egito e suas possessões e na IV dinastia o sistema se mantinha, com o palácio real e os edifícios oficiais anexos na forma de uma “Casa Grande” onde o governo do país era dirigido por ministros escolhidos, nos quais a autoridade real fora delegada.
Contudo, na VI dinastia esse sistema centralização política começou a decair devido ao aumento do poder de famílias locais.
Per-aa, todavia, se tornou a referencia para que os gregos se referirem ao rei, como faraó.
A figura dos faraós sempre suscita imagens de
poder absoluto que nos são veiculadas através da literatura e
filmes. Para uma representação mais condizente com a realidade
insiro um trecho da Coleção Historia da
África, 2° V;
pág 42, que traz: “Segundo a teoria da
realeza, o faraó encarnava o Estado e era responsável por todas as
atividades do país. Além disso, era o sumo sacerdote de todos os
deuses, servindo-os diariamente em cada um dos templos.
Obviamente, na prática, era
-lhe impossível corresponder a tudo o que dele se esperava.
Necessitava de representantes para executar suas tarefas divinas:
ministros, funcionários nas províncias, generais no exército e
sacerdotes nos templos.
Embora seu poder fosse
teoricamente absoluto, ele não podia, de fato, exercê-lo
livremente.
Era ele a personificação de crenças e práticas
muito antigas que se desenvolveram progressivamente com o passar dos
anos.
Na realidade, a vida dos
reis era tão codificada que estes não podiam passear ou banhar–se
sem submeter -se ao cerimonial estabelecido para cada um desses atos,
regulado por ritos e obrigações.
No entanto, sob suas coroas
ricamente ornamentadas, os faraós possuíam, é claro, uma dimensão
humana: eram sensíveis ao amor e ao ódio, à ambição e à
desconfiança, à cólera e ao desejo.
Durante toda a história do antigo Egito, a
arte e a literatura representaram o faraó segundo um ideal
estereotipado, sendo, contudo, notável que se tenha chegado a
conhecer os reis individualmente, como seres dotados de personalidade
própria.”
Na língua egípcia o governante era chamado de
nesu
(rei), neb
(senhor) ou hem
(majestade), entretanto,
algumas rainhas obtiveram notoriedade passando à
posteridade com fama e repercussão notáveis.
Quatro mulheres
tornaram -se faraós: curiosamente, as duas primeiras (Nitócris e
Sebeknefru) assinalam o fim de uma dinastia, e as outras duas
(Hatshepsut e Tauosré)
passaram à posteridade como usurpadoras. Aqui insiro informações
retiradas do trabalho (A mulher faraó
representações da rainha Hatshepsut como instrumento de legitimação
Egito Antigo século XV AC; Fernandes de Sousa.A; pág 58) “
Podemos destacar três linhas teóricas que tentam explicar a
ascensão de Hatshepsut ao poder. A primeira que atualmente parece
não ter muitos seguidores, classifica a rainha como usurpadora do
trono, por ser a única herdeira com o sangue real dos
reunificadores. Entre os autores que defendem tal proposição está
Bárbara Lesko. A segunda vê Hatshepsut como co-regente, por se
basear na biografia de um alto funcionário que designa Thutmés III
com rei no palácio e Hatshepsut como responsável pelos negócios do
pais. Já a terceira linha teórica a designa como faraó e tal
reinado poderia ter tido um caráter dual, ou seja, com dois reis
coroados, tendo o faraó Hatshepsut como a figura proeminente, tendo
Thutmés III um papel secundário em relação à ela. Esta última
linha é defendida por autores como Gay Robins e Cathleen Keller e é
a que considramos mais pertinente”.
Eram pródigas as honras demonstradas à mãe,
esposas e filhas do rei. Algumas princesas do Médio Império e
principalmente, em tempos posteriores, Teye,
primeira esposa de Amenófis III,
e Nefertári, primeira esposa de
Ramsés II, receberam honras
excepcionais.
As rainhas Ahhotep, durante o governo de Amásis e
Ahmosis -Nefertári, durante o
governo de Amenófis I, parecem
ter exercido uma influência determinante em questões políticas ou
religiosas. A atribuição da função ritual de “divina
esposa de Âmon” a princesas ou rainhas mostra o papel
indispensável da feminilidade e da mulher no culto do deus cósmico.
Contudo não existe prova positiva de um regime matriarcal no
conceito egípcio de realeza e, em particular, não está
absolutamente demonstrada a teoria de que na época amósida o
direito dinástico era normalmente transmitido através da mulher.
(Coleção
Historia da África,
2° V; pág 82-83)
As rainhas que vou colocar
em destaque são as rainhas de nome Ahmés-Nefertári
e Nefertiti, além das
mencionadas acima.
Portanto, é necessário esclarecer os papeis de
cada uma delas na história egípcia. De acordo com o texto sobre os
egípcios, na já mencionada Coleção Historia
da África 2° Volume,
há à narração de que existiu a rainha Ahmés-Nefertari,
que se tornou divindade da necrópole tebana junto com seu filho
Amenófis
I.
A rainha Ahmés-Nefertari foi esposa do faraó
Amósis I da XVIII
dinastia e
possivelmente filha de Ahnhotep.
De acordo com (Betsy M. Op. Cit., p. 219), o
nome dessa rainha aparece pela primeira vez na “estela
da doação” feita por Amósis, onde é descrita como a
“filha do rei”, “irmã do rei”, “grande esposa real”,
“esposa do deus Amon” e “Senhora do Alto e Baixo Egito”.
A rainha operava independentemente de seu marido
na construção de monumentos e nas operações de cargos religiosos.
Ahmés-Nefertari, ainda, recebe o título de “segundo profeta de
Amon”, cargo que ela manteve até o reinado de Tothmés I e que só
seria assumido posteriormente por homens.
A posição conquistada pela rainha não era
apenas religiosa, ela exercia poder político, uma vez que essas
coisas não se separavam no Egito Antigo - o que explica o fato de
Ahmés-Nefertari ter usado mais frequentemente o título de “esposa
do deus Amon” que o de “grande esposa real”.
A rainha Ahmés-Nefertari, foi deificada na região de Tebas,
especialmenteem Deir el-Medina.
Nefertiti (dinastia XVIII)
Também a rainha Nefertiti esposa de Akhenaton
anteriormente chamado
Amenhotep IV. Este faraó teve como esposa secundária a dama Kia, que usou o excepcional título de «grande esposa real duplamente amada» (hemet-merereti-aat netnesu-biti).
Amenhotep IV. Este faraó teve como esposa secundária a dama Kia, que usou o excepcional título de «grande esposa real duplamente amada» (hemet-merereti-aat netnesu-biti).
Apesar de Nefertiti ser uma das rainhas egípcias
mais populares nos dias de hoje, pouco sabemos sobre suas origens.
Diversas são as teorias pensadas para explicar quem era
Nefertiti. Atualmente, a hipótese mais aceita afirma que esta rainha
era filha de Ay, irmão de Tiye, e que sua mãe fazia parte do culto
a Ahmose-Nefertari, embora não possamos ter certeza sobre nenhum
desses aspectos. Sabemos, porém, que a rainha adicionou
Nefernefruaten como prenome de
Nefertiti, ainda antes de Amenhotep IV modificar o seu nome para
Akhenaton, no quinto ano de seu reinado.
No início do reinado de seu marido, Nefertiti usou as insígnias comuns de uma rainha, como a coroa de plumas e o toucado da deusa Hathor, filha do deus sol Rá.
Essa associação solar deve ter tornado essa coroa aceitável no culto a Aton. Contudo, quando a capital mudou de Tebas para Akhetaten, Nefertiti já
possuía sua típica coroa azul, que não foi usada por nenhuma outra rainha antes ou depois de Nefertiti.
A importância da rainha é percebida ainda antes
da mudança para a nova capital, Akhetaten, quando Nefertiti aparece
em Karnak fazendo oferenda a Aton
sem a presença do marido.
Nefertári (dinastia XIX)
Para a XIX
dinastia registra-se os nomes das rainhas Nefertari e Isitnefert,
duas das principais esposas de Ramsés II, (Trecho abaixo traduzido de forma livre de Courier outubro 1941 pág 8)
para Nefertari Ramsés dedicou o pequeno Templo
duas das principais esposas de Ramsés II, (Trecho abaixo traduzido de forma livre de Courier outubro 1941 pág 8)
para Nefertari Ramsés dedicou o pequeno Templo
centenas de metros distante (do templo de Abu Simbel)cruzando um estreito vale de areia.
Sua fachada mede 26,4 metros de largura e 9 metros de altura. É orna mentado por seis estátuas colossais, cada uma com 9 ,9 metros de altura. Elas estão separadas em dois grupos sendo que em cada um a rainha fica entre as figuras do fárao tendo seus filhos aos seus pés. Um dos pilares tras a incrição: "O rei construiu este templo cortando-o na rocha da colina The Country Takens".
No interior da colina há um hall grande e baixo sustentado por seis colunas.
Três portas conduzem para um vestíbulo e através dele para um modesto santuário. Usando as palavras de experts da engenharia " A inspiração dos monumentos de Abu Simbel vai acima e além da concepção dos antigos egípcios para quem as pirâmides eram o máximo da perfeição arquitetônica, como a única conclusão de um longo processo tendendo para a abstração geométrica. O que prevalece aqui é senso plástico de massa;
O monumento funde-se com seu ambiente, a arquitetura casa-se com a escultura e a escultura e a escultura atualmente adquire um caráter dominante no conjunto".
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