quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O Ninho a Poluição e a Saúde

               
                      



 "A terra é azul.
Como é maravilhosa. Ela é incrível"
Iuri Gagarin

Quanto tempo tem sido desperdiçado durante o destino do homem, na luta para decidir como será o próximo mundo do homem! 
Quanto mais intenso o esforço para descobrir, tanto menos sabemos sobre o mundo presente em que vivemos. Aquêle mundo encantador que conhecemos, em que vivemos, que nos deu tudo o que tinha, é aquele que, segundo os pregadores e os prelados, deve estar menos em nossos pensamentos. 
O homem foi recomendado, ordenado, desde o dia em que nasceu, a dizer-lhe adeus. Oh, já chega que se abuse assim desta agradável terra! 
Não é uma triste verdade que ela seja o nosso lar. Não nos desse ela mais do que um simples abrigo, simples vestuário, simples alimento, adicionando-se o lírio e a rosa , a maça e a pêra, e seria um lar adequado para um homem mortal ou imortal. 

Sean O'casey, Sunset and Evening Star   




Texto de referência R. RA´E GA, Curitiba, n. 15, p. 107-120, 2008. Editora UFPR

As primeiras preocupações com a qualidade do ar apareceram na era pré-cristã..
Devido ao uso do carvão como combustível, as cidades dessa época já ostentavam ares de qualidade aquém do desejável.
Esta situação veio se agravando durante os primeiros séculos da história póscristã, quando os primeiros atos de controle de emissão de fumaça foram baixados na Inglaterra do final do século XIII, passando pela revolução industrial e pelo crescimento das cidades.
                     

O registro mais antigo de poluição do ar urbano remonta ao ano de 1283, quando na cidade inglesa de Nottingham, formaram-se ao longo daquele ano, freqüentes nuvens de fumaça preta provenientes da queima de carvão mineral utilizado no aquecimento das residências.  (Branco e Murgel 1965, p.20,  PONTING, 1995, p.571)

A partir do século XVI, com a escassez da madeira, generalizou-se o uso intensivo do carvão como fonte energética na Europa, em particular na Inglaterra, e mais tarde na América do Norte, para atender às necessidades de aquecimento, cozimento de alimentos e às atividades manufatureiras da época (BRANCO e MURGEL, 1995, p.20).

Cidades inglesas como Shefield (em 1608), Londres (em 1661), Newcastle (em 1725), Burslem e Pottiers (em 1750), e Oxford (no século XVIII) tinham seu ar tão comprometido com a fumaça produzida pelos fornos de carvão e emissões gasosas dos processos manufatureiros, que algumas foram descritas como encobertas por "perpétuas nuvens de fumaça pairando sobre o ar".

                 

O ar dessas cidades era composto por um coquetel de fuligem e dióxido de enxofre da queima de carvão, cloreto de hidrogênio produzido pelas indústrias de sabão, vidro e têxtil (McCORMAC, 1971, p.6); vapores de amônia das fábricas de cimento; e vapores de mercúrio proveniente da indústria de metais metálicos (PONTING, 1995, p. 572 -576).

Com o crescimento da população e conseqüente aumento no consumo de carvão mineral, e ainda com o início do processo maciço de industrialização, notadamente a produção de ferro (século XVIII) e de aço (século XIX), houve um agravamento na qualidade do ar devido à intensificação e diversificação dos poluentes emitidos nas cidades mais populosas, em particular as inglesas, precursoras do processo de concentração industrial.

Não foi por outra razão que o primeiro manual sobre Climatologia Urbana tenha surgido em Londres no ano de 1818, de autoria de Luke Howard.
Em sua segunda edição de 1820, o termo "neblina de cidade" ("city fog") passou a ser usado para qualificar a qualidade do ar urbano (LANDSBERG,1981).

Sob tais condições, no século XIX as cidades mais afetadas passaram a registrar quantidades crescentes de óbitos causados pelos episódios críticos de poluição: em Londres durante o mês de dezembro de 1873 ocorreram 500 mortes, e em fevereiro de 1880 morreram mais de 2 000 pessoas, todos falecimentos causados por episódios de fog intensos. (PONTING,1995,p.572).
Ponting (1995, p. 578) enumera alguns exemplos de cidades e regiões urbano-industriais onde, habitualmente, os níveis de poluição do ar assumem proporções alarmantes.

Destes, destaca-se a região compreendida pela Boemia-Silésia onde se concentram indústrias metalúrgicas (especialmente de ferro e aço) e químicas que fazem uso de carvão de linhita como combustível, na qual as cidades de Most, norte da República Tcheca, e de Katowice e Cracóvia, sudeste da Polônia, apresentam elevados índices de poluição do ar.
Somente nesta última, por ano, são lançados ao ar 170 toneladas de chumbo, 7 toneladas de cadmium, 470 toneladas de zinco e 18 toneladas de ferro.
Com o crescimento da industrialização que a China vem apresentando nas duas últimas décadas, novas áreas críticas sob o ponto de vista da qualidade do ar (e ambiental em geral) vieram engrossar a lista acima comentada.

Um exemplo é a cidade de Linfen, na província de Shanxi, região carvoeira chinesa com cerca de 3 milhões de habitantes, onde os moradores "sufocam com a poeira e bebem o arsênico provenientes do combustível fóssil" (MÜLLER; DOMINGOS, 2007).

A poluição do ar é a causa da morte prematura de cerca de 656.000 chineses a cada ano, de acordo com recente relatório da Organização Mundial da Saúde.
Os principais poluentes tidos como causadores dessas cifras são o dióxido de enxofre, material particulado, ozônio(O3) e dióxido nitroso(NO2.).
Essa situação é agravada pela poluição "indoor", uma vez que é comum na China a calefação das residências ser feita por meio da queima de carvão.

Até meados do século XX, pouca ou nenhuma providência era tomada para controlar a emissão de poluentes, privilegiando-se a produção industrial em detrimento da qualidade e manutenção da vida dos residentes de cidades mais expostas aos problemas de concentração de poluentes no ar.
A industrialização generalizada do século XX, impulsionada pela eletricidade e motor a combustão, conduziu não só a sua diversificação, como também a sua disseminação em escala mundial.

                                   
São vários e alarmantes os episódios críticos de poluição, com perdas de vidas ou danos à saúde, que passaram a ser registrados em meados deste século em decorrência de emissões de contaminantes por diferentes tipos de indústrias nas mais variadas regiões do globo, associados a condições meteorológicas de fraca dispersão de poluentes:
                                                       
                                                 Histórico  da Poluição

Nos primeiros cinco dias de dezembro de 1930, na região industrial do Vale do rio Meusa - Bélgica, em um episódio de inversão térmica, houve 63 mortes por problemas respiratórios, particularmente crianças e idosos (LEDBETTER,
1972, p.25);•
Em 1948 durante um episódio de forte poluição, dos 14.000 habitantes da cidade de Donnora-Pensilvânia, Estados Unidos, morreram 17 pessoas e 6.000 apresentaram problemas respiratórios e forte irritação nos olhos, devido à presença de material particulado e dióxido de enxofre no ar provenientes de fábricas de ácido sulfúrico e de beneficiamento de zinco (DOTREPPE-GRISARD, 1972, p. 82; BRANCO; MURGEL, 1995, p. 21);•

Na cidade de Poza Rica, México, em novembro de 1950, por ocasião de uma inversão térmica(Inversão térmica é um fenômeno meteorológico onde ocorre a presença de uma camada de ar frio alguns metros acima da superfície que impede a dispersão e a movimentação de massas de ar mais quentes localizadas próximas do solo. Essa camada mais fria age como se fosse a tampa de uma panela concentrando vapor no seu interior. ) compostos de enxofre foram emitidos pela refinaria de petróleo e tratamento de gás natural local, causando 32 mortes e levando 320 pessoas aos hospitais com problemas nervosos e respiratórios (DERISIO, 1992, p. 112; BARKER et al, 1962, p. 189);

Em Nova York ocorreram três episódios calamitosos: em novembro de 1953, janeiro de 1963 e em novembro de 1966, causando cada um cerca de 200 mortes (GRIFFITHS, 1976, p. 132);•

Em 1952, na cidade de Bauru, São Paulo, devido à emissão de grande quantidade de pó de sementes de mamona, lançados por uma indústria extrativa de óleos vegetais, ocorreram 9 mortes e 150 pessoas foram acometidas por doenças respiratórias agudas (DERISIO,
1992, p. 112);•
No período de 5 a 8 de dezembro de 1952, a cidade de Londres foi encoberta por partículas em suspensão de dióxido de enxofre, produzindo o que ficou conhecido como "Névoa Negra",
                          

causando 4.000 mortes na semana seguinte ao evento, e mais 4.000 nos dois meses que se seguiram ao episódio (BRANCO; MURGEL, 1995, p. 22, ESCOURROU, 1991, p.178);

Mais três episódios de smog ocorridos na Inglaterra com perda de vidas são apontados por Derisio (1992, p.112): em 1957 quando morreram 1.000 pessoas; em 1960 com falecimento de 800 pessoas e em 1962, com 700 mortes.

São Paulo, Cubatão/SP, Shangai, Nova Delhi, entre outras, são conhecidas por seus problemas de poluição atmosférica, associados às condições meteorológicas de má dispersão e às características de seus sítios.
Estas cidades enfrentam sérias situações de qualidade do ar por contaminantes como ozônio, material particulado, óxidos de Na atualidade, cidades como México, Los Angeles, Santiago do Chile (ozônio e material particulado), São nitrogênio, dióxido de enxofre, entre outros.
Como conseqüência, nessas e em grande parte das áreas metropolitanas e ainda muitas das cidades médias do mundo, os agravos na morbidade e mortalidade de várias enfermidades, e em especial as doenças respiratórias, têm como causa a má qualidade do ar.
Pessoas com doenças respiratórias crônicas e principalmente a parcela infantil e de idosos da

                    

população urbana de todas as classes sociais são as mais atingidas por esses males.
Outro aspecto que diz respeito particularmente à população urbana dos países em desenvolvimento é que, além de haver uma distribuição diferenciada por faixa etária, a poluição do ar promove também uma certa setorização social no acometimento das várias doenças a ela correlatas.
A população de baixa renda está geralmente mais vulnerável às mazelas do ar poluído dessas cidades, uma vez que a má alimentação, a exposição a ambientes insalubres e às condições adversas do clima, a precariedade das moradias, a falta de infra-estrutura urbana básica, o sub-emprego, entre outros aspectos, são condições agravantes para o acometimento de doenças associadas à poluição do ar.

Em novembro de 2006, a revista Pesquisa Fapesp na reportagem “Cortina de Fumaça” relatou que a cada ano, a poluição  do ar é responsável pela morte de cerca de 3.500 moradores da cidade de São Paulo.

Se considerados apenas os impactos econômicos, a perda dessas vidas representa um custo total de US$ 350 milhões, levando em conta os anos de vida potencialmente produtivos que foram perdidos ou a perspectiva de conviver com doenças crônicas, que reduzem a capacidade de trabalho”, segundo estudo coordenado por Paulo Saldiva, professor da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (USP)

Prevenção

No Brasil o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama criado em 1981, vinculado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, é o órgão federal que atualmente dispõe sobre as normas de monitoramento e controle da poluição do ar, bem como dos padrões de qualidade que devem ser seguidos. A legislação federal que define e regulamenta os padrões de qualidade do ar em vigor encontra-se na Resolução n. 3 de 28/6/90 - Conama2.
Os parâmetros indicadores da qualidade do ar apontados na Resolução correspondem às partículas totais em suspensão (PTS), fumaça, partículas inaláveis (PI), dióxido de enxofre - SO2, monóxido de carbono - CO, ozônio - O3 e dióxido de nitrogênio - NO2.

A  organização mundial da saúde alerta

... there is a large body of evidence suggesting that exposure to air pollution, even at the levels commonly achieved nowadays in European countries, leads to adverse health effects. In particular, exposure to pollutants such as particulate matter and ozone has been found to be associated with increases in hospital admissions for cardiovascular and respiratory disease and mortality in many cities in Europe and other continents.
Recent studies have also tried to quantify the health effects caused by ambient air pollution; e.g., within the "Global Burden of Disease" project of the World Health Organization (WHO) it has been estimated that worldwide, close to 6.4 million years of healthy life are lost due to long-term exposure to ambient particulate matter.(WHO, 2003)


Existe um grande corpo de evidências sugerindo que a exposição á poluição do ar, nos níveis comumente encontrados nos dias de hoje nos países europeus, conduzem para efeittos adversos a saúde.
Em particular, a exposição á poluentes como as matérias particuladas e o ozônio que tem sido encontrado e associado com o acréscimo das admissões nos hospitais por doenças cardivasculares, respiratórias e mortalidade em muitas cidades na Europa e em outros continentes.
Estudos recentes tem também tentado quantificar os efeitos na saúde causados pela poluição ambiental do ar; por exemplo, junto com o  projeto “Global Burden of Disease”  da organização mundial da saúde, tem sido estimado que mundialmente, que perto de 6,4 milhões de anos de vida saudável são perdidos em virtude do longo período de exposição aos ambientes com matéria particulada.(Organização Mundial da Saúde 2003)   


Controle

São poucas as cidades brasileiras que possuem um sistema regular de monitoramento e controle da qualidade do ar, destacando-se, além de Curitiba, São Paulo e várias das cidades do estado paulista (Campinas, Presidente Prudente, Taubaté, entre outras), as cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Brasília e neste ano a de Cuiabá. Entre elas, muitas operam com estações automáticas de amostragem, o que possibilita uma maior quantidade de dados, em geral registrados de 10 em 10 minutos.

OS EFEITOS DOS CONTAMINANTES NA SAÚDE

Embora os contaminantes do ar ajam sobre a fauna e a flora e provoquem danos aos materiais, os limites fixados para definir os padrões de qualidade do ar para os diversos contaminantes têm como principal critério os prejuízos causados à saúde das pessoas a eles expostos.
É muito óbvia a importância de se dispor de um ar saudável, já que entre as necessidades básicas da vida, está o consumo de ar que não pode ser interrompido por mais de 5 minutos, na melhor das expectativas.
Os efeitos de um ar poluído sobre a saúde podem conduzir a morte como exemplificado nos episódios críticos anteriormente apontados; a doenças agudas e crônicas; além de provocar danos ao crescimento infanto-juvenil; aos sistemas circulatório, respiratório e nervoso, e reduzir a expectativa de vida (DERISIO, 1992, p. 110).

Desde a década de 1940, os resultados na literatura internacional vêm alertando para a gravidade e o aumento da incidência de doenças pulmonares crônicas em pessoas expostas continuamente a pequenas concentrações de contaminantes.
A morbidade e mortalidade dessas enfermidades são maior em ambientes de maior contaminação do ar e atinge invariavelmente de maneira mais acentuada a população infantil e idosa.
A mortalidade registrada em cidades com grave comprometimento do ar devido às elevadas taxas de material particulado, por exemplo, é de cerca de 15% a 20% maior que a observada em cidades cujo ar é relativamente mais limpo (OMS, 2006, p.2).

Os resultados alcançados pela aplicação de um modelo de exposição de pessoas a concentrações ambientais de contaminantes, desenvolvido na região de Los Angeles, envolvendo 32 localidades, relatados por Hall (1996, p. 745), apontaram como efeitos mais freqüentes à ação do O3 a irritação na garganta e nos olhos, numa proporção de 17 e 16 dias por ano para cada pessoa, respectivamente.
Efeitos mais sérios foram encontrados com relação a mortes prematuras por ocasião de violações do padrão de qualidade do ar para  partículas menores ou iguais a 10 micron (PM10),[um microm = milionésíma parte do milimetro; 1/1000000 ]
 O risco de morte na região estudada nestas ocasiões aumentava numa proporção de 1/10.000 anualmente, o que correspondia localmente à metade do risco de morte por acidente de carro e duas vezes o risco de morte por acidente de trabalho.
O material particulado além de ser prejudicial por si só, é um agente potencializador de danos ao aparelho respiratório, na medida em que pode ter a ele incorporado outros poluentes como sulfatos, nitratos, metais pesados e hidrocarbonetos policíclicos; sendo já atestada a correlação entre problemas de bronquite e asma com concentrações de sulfatos e nitratos em partículas respiráveis (WANNER, 1990, p. S393).
O gás O3, por ser insolúvel, não é retido nas vias aéreas superiores, atingindo facilmente os alvéolos pulmonares
                                  
                                              alvéolos pulmonares.

Em investigações de laboratório constatou-se que, dependendo do tipo de exposição ao O3, os danos à saúde variam de irritações nos tecidos alveolar e epitelial, a processos inflamatórios, baixa resistência a infecções, e disfunções pulmonares (WANNER, 1990, p. S393).
Já o NO2, também com alto potencial tóxico quando em grandes concentrações, além de provocar irritação nos olhos e no trato respiratório, em exposições contínuas causa bronquite crônica, tosse com expectoração associadas a disfunções pulmonares, especialmente quando combinado com particulados e dióxido de enxofre (WANNER, 1990).

                               Uma visão internacional

                                

Chine: les pollueurs désormais passibles de la peine de mort

        Un homme portant un masque anti-pollution, dans les rues de Pékin en mai 2013.
Un homme portant un masque anti-pollution, dans les rues de Pékin en mai 2013. 
REUTERS/Kim Kyung-Hoon/Files
    Par Anne Bernas 
Les autorités chinoises ne plaisantent plus avec la pollution. La Cour suprême a décrété le 19 juin dernier que la peine capitale s’appliquerait désormais aux responsables de grave pollution dans le pays. Les dix ans de réclusion jusqu’alors réclamés, mais rarement appliqués, ne suffiraient donc plus. 
La pollution est responsable en Chine de la mort de milliers de personnes chaque année.
Les autorités ont eu la main lourde : la peine capitale pourra être appliquée pour les grosses affaires de pollution. 
Parmi les crimes « graves », la Cour suprême mentionne désormais dans le code pénal des éléments tels que les produits radioactifs, les produits chimiques très toxiques, les virus contagieux. 
Tout déversement de déchets toxiques à proximité de site d’approvisionnement en eau potable pourra également être passible de poursuites.

Par ailleurs, des condamnations auront lieu quand une pollution provoquera des déplacements humains, des intoxications, des dégâts supérieurs à 37 000 euros, etc. La liste est longue dans un pays qui mise avant tout sur la croissance économique et qui ne s’est pas alarmé lors de la révélation de forage de puits d’évacuation clandestins pour les eaux toxiques dans la province de Shandong en février dernier.
L'environnement, nouvelle priorité du régime?
Jusqu’à présent, l’environnement n’a pas été l’une des priorités du régime. Mais le nouveau président, Xi Jinping, avait promis du changement en la matière, c’est désormais chose faite, en tout cas sur le papier.
C'est que les chiffres dans le domaine de la pollution don nent le vertige. Une étude datant de 2011 a révélé par exemple qu’au moins 10% de la production de riz était contaminée au cadmium, un métal lourd provenant de l’industrie.
L’an dernier encore, plus de 8 000 personnes sont mortes en Chine à cause de la pollution de l’air. En 2010, ils auraient été 1,2 million à décéder prématurément pour la même cause. Indignée, la population crie de plus en plus fréquemment son ras-le-bol et les manifestations deviennent très fréquentes. Et il y a de quoi.
 Selon le dernier rapport publié en décembre 2012 par l’université de Pékin et Greenpeace sur l’effet de la pollution de l’air dans quatre grandes villes de Chine, les décès dus à la pollution seraient réduits de 81% si ces villes baissaient leur niveau de pollution, et respectaient les normes de qualité de l’air de l’Organisation mondiale de la santé (OMS).
Les pertes économiques, de plus d’un milliard de dollars, seraient quant à elles réduites de presque 900 millions de dollars. 
Le rapport étudie aussi la pollution due aux particules plus petites qui peuvent pénétrer le système sanguin et causer des maladies des poumons, mais aussi du cœur et du cerveau. 
Ces microparticules sont produites par la combustion du charbon, base de production de l’énergie chinoise. L’air, empli d’arsenic, de nickel ou bien encore de cadmium, est toujours responsable de dizaines de milliers de cas d’asthme et de bronchites dans les grandes métropoles mais aussi de plus en plus dans les zones rurales.
196 centrales à charbon autour de Pékin
A Pékin, 196 centrales électriques à charbon entourent la ville. Selon l’ONG Greenpeace, qui s’est concentrée uniquement sur la pollution provenant de l’impact des émissions des centrales, 1 982 personnes sont mortes prématurément en 2011 dans cette ville de plus de 20 millions d'’âmes.
Greenpeace appelle à une politique d’urgence d’adaptation pour limiter la consommation de charbon et adapter les centrales produisant de l'énergie alimentées au charbon avec des filtres à l’oxyde de nitrogène.
Mardi dernier, une centaine de personnes ont été arrêtées dans les secteurs miniers et pétrochimiques. Des mises en examen doivent avoir lieu. Reste à savoir si la justice appliquera les nouveaux amendements du code pénal et si la sécurité environnementale des citoyens chinois passera avant les intérêts économiques du pouvoir en place. Le nombre de crimes passibles de la peine de mort en Chine s’élève désormais à 56.
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China: 
os poluidores de agora em diante, serão passíveis de pena de morte?
 

     Un homme portant un masque anti-pollution, dans les rues de Pékin en mai 2013.

 Um homem usando uma máscara anti poluição nas ruas de Pequin, em maio de 2013
 REUTERS/Kim Kyung-Hoon/Files
    Par Anne Bernas 
As autoridades chinesas não concordam mais com a poluição. A corte suprema decretou em 19 de junho último que a pena capital / morte será aplicada dessa data em diante aos responsáveis por graves polição no páis.
Os dez anos de reclusão até então pedidos, mas raramente aplicados, não são então, suficentes o bastante.
A poluição é ma china pela morte de milhares de pessoas a cada ano. As autoridades terão a mão pesada : a pena capital / morte poderá ser aplicada para os grandes casos de poluição.
Entre os crimes “graves”’, a corte suprema menciona de agora em diante no código penal os elementos tais como os produtos radiativos, os produtos químicos muito tóxicos, os vírus contagiosos.
Toda a deposição de dejetos tóxicos na proximidade de locais de aprovisionamento de água potável poderá ser igualmente passível de  penas judiciais.
Desta forma, as condenações acontecerão quando uma poluição provocar deslocamento de pessoas, intoxicações, prejuízos monetários superiores a 37 mil euros, etc..
A lista é longa em um país que coloca á frente de tudo o crescimento econômico e que não está alarmado até então, com a revelação de  perfuração de poços de evacuação clandestinos para as  águas tóxicas na província de Shandong em fevereiro último.
O meio ambiente nova prioridade do regime ?
Até o presente, o meio ambiente nunca foi uma das prioridades do regime. Mas, o novo presidente, Xi Jinping, tinha prometido mudanças na matéria, é conseqüência deste fato, em todo caso sobre o papel
Que as cifras no domínio da poluição dão vertigens. Um estudo datado de 2011 revelou por exemplo que pelo menos 10 por cento da produção de arroz estão contaminadas com cádmio, um metal pesado proveniente da indústria.
Ainda no ano passado, mais de 8000 pessoas foram mortas na China devido a poluição do ar. 
Em 2010, eles tiveram 1,2 milhões de falecimentos prematuros pela mesma causa.
Indignada, a população grita mais, e mais freqüentemente, sua insatisfação e as manifestações deverão ser muito freqüentes. E há porque.

De acordo com o último relatório publicado em dezembro de 2012 pela universidade de Pequin e o Greenpeace sobre os efeitos da poluição do ar em quatro grandes cidades da China, as mortes decorrentes da poluição serão reduzidas em 81% se estas cidades baixarem seus níveis de poluição, e respeitarem as normas de qualidade do ar da organização mundial de saúde (OMS).(veja vídeo)
As perdas econômicas, de mais de um milhão de dólares, se adotadas reduzirão de imediato, em 900 milhões de dólares.
O relatório estudou também a poluição relacionada ás partículas muito pequenas que podem penetrar no sistema sanguineo e causar as doenças no pulmão, mas também do coração e do cérebro.
Estas micropartículas são produzidas pela combustão do carvão, que a base da produção de energia chinesa.
O ar, cheio de arsênico, de níquel ou ainda de cádmio, e hoje responsável por dezenas de milhares de casos de asma e bronquites nas grandes metrópoles mas também mais e mais nas zonas rurais.

196 centrais de carvão próximas de Pequin

Existem em torno da cidade de Pequin 196 centrais elétricas acionadas por carvão. Segundo a ong Greenpeace. Que está concentrada unicamente sobre a poluição proveniente do impacto das emissões das centrais, 1982 pessoas foram mortas prematuramente em 2011 nestas vilas de mais de 20 milhões de almas.
Greenpeace clama por uma política urgente de adaptação para limitar o consumo de carvão e adaptar as centrais produtoras de energia alimentadas por carvão com os filtros a óxido de nitrogênio.
Terça-feira última. Uma centena de pessoas foram presas nos setores mineiros e petroquímicos.
Os primeiros julgamentos irão ocorrer. Resta saber se a justiça aplicará as novas regulamentações do código penal e se a segurança ambiental dos cidadãos chineses passará á frente dos interesses econômicos do poder instalado.
O número de crimes passiveis de pena de morte na China subiram a partir desta data para 56.


 Atenção, vamos cuidar, só temos está....!!!!!!!!!
E creio que para marte, só irão os "escolhidos" of course......

          
                                                 





 

  

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